O almirante Gouveia e Melo anunciou este sábado Rui Rio como mandatário nacional da sua candidatura às Presidenciais.

O anúncio foi feito na primeira iniciativa de campanha, na Alfândega do Porto, dois depois da apresentação oficial da candidatura a Belém.

A discursar no palco, Rui Rio assume que não era sua intenção voltar aos palcos políticos, mas defende ser necessária “coragem e competência” para combater os interesses instalados. Características essas que diz reconhecer em Gouveia e Melo.

“Aceitei porque sinto que tem a visão correta, a capacidade necessária e a determinação para continuar a servir Portugal. Vejo em Gouveia e Melo a sobriedade, coragem e frontalidade que quero que caracterizem o nosso Presidente da República”.

Descrevendo a "complexa situação económica e social" do país, com a degradação dos serviços públicos, fracos salários, carga fiscal a aumentar, assim como o preço da habitação, lamenta que “tudo isto” seja resultado de uma “cultura política virada para o marketing e para o curto prazo”.

“Compete ao poder político agir, implementando as medidas estruturais necessárias para recolocar o interesse coletivo acima de tudo mais”, afirma.

Numa democracia que considera ter vindo a “degradar-se de forma evidente”, sublinha o respeito pelas minorias, mas defende que “deve prevalecer a vontade da maioria e não o seu contrário”. “Só em ditadura persistem minorias que condicionam a maioria”, acrescenta.

Endereça ainda duras críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que Portugal precisa de um Presidente “que não se perca no comentário avulso em detrimento do que é nobre e estruturante”.

“Portugal precisa de um Presidente da República que não se feche no Palácio de Belém e que aproveite a comunicação social para falar com os portugueses, mas que não caia na tentação de fazer dela um modo de vida.”

[Em atualização]