
Ricardo Araújo Pereira não tem dúvidas sobre qual é o seu lugar no universo benfiquista: fora das estruturas do clube, mas sempre atento ao seu percurso. “Não quero um cargo no Benfica, nem uma avença, nada. Só quero uma coisa: que o Benfica ganhe. Esse é o meu único interesse”, afirma.
O humorista apoiou João Noronha Lopes nas eleições de 2020, quando este se apresentou como candidato à presidência, contra Luís Filipe Vieira, e volta agora a fazê-lo para o sufrágio marcado para outubro. “Conheci o Noronha Lopes porque ele me enviou uma mensagem a dizer que se ia candidatar ao Benfica e queria falar comigo. Gostei do que ouvi e agora o que desejo é que ele ganhe as eleições. Depois, aperto-lhe a mão e vou para casa assistir e avaliar, como fiz com todos os presidentes”, explica.
Desde que tornou pública a sua posição, conta que tem sido alvo de uma “enorme onda de sujeira”, algo que lhe causa ainda mais perplexidade por, garante, não ter qualquer ambição pessoal no clube. “Não ando à procura de uma avença com o Benfica ou de qualquer cargo. Já fiz vários trabalhos para o clube — como sketches ou a apresentação de uma gala — e nunca cobrei nada, porque isso seria como cobrar dinheiro à família.”
E deixa um exemplo claro do distanciamento que quer manter: “Se me dessem um cargo no hóquei em patins, por exemplo, eu recusava. E recusava para bem do Benfica. Só tenho um interesse no Benfica: quero que o Benfica ganhe. Nada mais.”
O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.