O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou esta terça-feira que irá reconhecer o Estado da Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, a menos que Israel concorde com um cessar-fogo.

Starmer referiu que o momento de reconhecer a Palestina é agora, já que a esperança de uma solução de dois Estados está em risco.

"O Reino Unido reconhecerá o Estado da Palestina em setembro (...) a menos que o governo israelita tome medidas significativas para acabar com a atual situação em Gaza, concorde com um cessar-fogo, se comprometa a não anexar a Cisjordânia e aceite um processo de paz de longo prazo visando uma solução de dois Estados", revelou Downing Street após uma reunião de emergência do governo britânico.

O primeiro-ministro britânico estava sob pressão, depois de mais de 200 deputados, entre eles vários membros do Governo, terem assinado uma carta a pedir a Starmer que avance com o reconhecimento da Palestina.

Neste momento, mais de 140 países reconhecem oficialmente o Estado da Palestina. A maioria encontra-se na Ásia, África e América Latina

Portugal "sempre aberto" a reconhecer o Estado da Palestina

O reconhecimento do Estado da Palestina é um cenário que Lisboa admite, com Paulo Rangel a sublinhar que Portugal "sempre esteve aberto" a essa possibilidade.

Do lado português, o Governo rejeita qualquer tipo de pressão externa. Paulo Rangel afirma que "Portugal é um país soberano", lembrando que a política externa nacional "não é definida por outros", ainda que articulada com os parceiros europeus.

O ministro dos Negócios Estrangeiros confirma que o tema foi "conversado com França", mas sublinha que a decisão portuguesa será tomada de forma autónoma.