
Mais de metade dos medicamentos comprados nas farmácias no ano passado foram genéricos, que atingiram um novo máximo, indica o relatório de monitorização hoje divulgado pelo Infarmed.
O documento revela que o uso de genéricos em ambulatório em 2024 atingiu os 52,2% de todos os medicamentos dispensados.
Os dados do Infarmed mostram ainda que, em meio hospitalar, a quota média de utilização de medicamentos biossimilares atingiu os 82% em 2024, o maior valor anual registado.
Os biossimilares são medicamentos biológicos desenvolvidos para serem muito semelhantes a um medicamento biológico já aprovado e utilizado. Os genéricos são cópias exatas de medicamentos químicos.
Em meio hospitalar, os dados do Infarmed indicam que no ano passado a despesa com medicamentos órfãos (para tratar doenças raras) atingiu os 346,6 milhões de euros, mais 18,1% (mais 53,1 milhões de euros), representando 15,2% do total da despesa com medicamentos.
Ainda nos hospitais, também na área dos medicamentos órfãos a oncologia recolhe a maior fatia da despesa, com 126,2 milhões de euros (+19%).
Nos cuidados de saúde primários, as vacinas dominam a despesa com medicamentos. A que maior despesa deu em 2024 foi a vacina contra o meningococo, com 11,9 milhões de euros, mais do que quintuplicando (+ 574%) e a da gripe, com 11,2 milhões de euros, cujos gastos cresceram 1.692,5%.
Mais distantes estão a vacina contra o papilomavírus humano, que custou ao Serviço Nacional de Saúde 6,7 milhões de euros (+629,2%), a vacina adsorvida pneumocócica poliosídica conjugada, que representou uma despesa de 4,9 milhões de euros (+410%) e a vacina contra a difteria e o tétano, com 3,6 milhões de euros (+625,9%).
Os dados do Infarmed indicam que foram dispensadas no ano passado nas farmácias 193,4 milhões de embalagens, um aumento homólogo de 5,1% (+ 9,4 milhões de embalagens).