
A Polícia Judiciária está esta terça-feira de manhã a realizar buscas no Estádio do Boavista. Em causa estão suspeitas de crimes económicos, nomeadamente de branqueamento de capitais, e "lucros ilícitos" estimados em 10 milhões de euros.
No total, foram constituídos seis arguidos, entre pessoas individuais e coletivas, sem que fossem, no entanto, divulgadas pela PJ as identidades dos visados.
As buscas, que envolvem vários inspetores, estão a decorrer no estádio, em casas de dirigentes, escritórios de advogados e também a contabilistas ligados a clube. Um dos alvos é Vitor Murta, ex-presidente do clube.
Foram cumpridos 10 mandados de busca domiciliária e não domiciliária nas regiões do Grande Porto e de Viseu, no decurso de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.
"O modus operandi em causa implicou a utilização de contas bancárias de passagem tituladas por terceiros singulares, transferências internacionais e depósitos em numerário de origem e destino não clarificados, movimentos esses justificados apenas parcialmente e por contratos de empréstimos cruzados que levantavam suspeitas quanto à ocultação de rendimentos, desvio de fundos com vista a prejudicar credores e ulterior branqueamento", revelou a Polícia Judiciária.
De acordo com a agência Lusa, os inspetores da PJ forçaram a entrada no interior do estádio, com as diligências a prosseguirem.
Clube desceu às distritais
Recorde-se que na sexta-feira foi anunciado que o clube não se podia inscrever em nenhuma prova da Federação Portuguesa de Futebol depois do plano de Recuperação de Empresas ter sido recusado.
Isto porque não entregou certidões obrigatórias da Segurança Social e da Autoridade Tributária.
Com LUSA