A candidatura do Chega à Câmara Municipal do Funchal vem, através de comunicado, "repudiar veementemente" as declarações de Paula Margarido, secretária regional da Inclusão, Trabalho e Juventude, no seguimento do grave episódio de violência doméstica ocorrido na Região.

Na óptica do partido, quando Paula Margarido interveio no telejornal da RTP-Madeira, actuou como advogada e não como governante. "Esqueceu-se que, enquanto membro do Governo Regional, a sua obrigação é proteger os cidadãos, em especial as mulheres vítimas de ataques bárbaros, como o que recentemente abalou a nossa comunidade, e não envolver-se em debates de natureza jurídico-probatória", frisou Luís Filipe Santos, candidato ao Município do Funchal.

O que assistimos foi um completo desrespeito pela função que exerce. A senhora Secretária Regional não pode escolher quando veste a pele de governante e quando prefere agir como advogada. O povo madeirense precisa de governantes a tempo inteiro, focados em proteger os cidadãos e em dar respostas políticas firmes a problemas tão graves como a violência doméstica Luís Filipe Santos, candidato do Chega ao Funchal

O Chega considera esta postura como "irresponsável e inaceitável", defendendo que, enquanto secretária regional, Paula Margarido "não tem espaço para desculpas técnicas ou fugas jurídicas" e que o seu dever é o de "estar ao lado das vítimas, garantir que existem mecanismos de protecção eficazes e assumir as suas responsabilidades sociais e políticas".

O partido exige ainda uma "ruptura clara e inequívoca entre qualquer eventual actividade privada e o exercício de cargos executivos no Governo Regional ou noutra entidade pública", sublinhando que a "população da Madeira merece governantes à altura dos desafios e não figuras que confundem funções e se refugiam em tecnicalidades".