Nuno Nunes alerta a comunidade para a crescente importância de se puder usar as tecnologias nos oceanos tal como usámos em terra. O objectivo passa por colocar a comunidade participante no ACM Designing Interactive Systems Conference sobre de que forma podemos usar as novas tecnologias para tornar o fundo do oceano mais próximo dos humanos. O fundador do Instituto de Tecnologias Interactivas (ITI) considera que as novas tecnologias devem servir para alertar para a importância da preservação dos oceanos.

Está a decorrer, no Centro de Congressos da Madeira, aquela que é considerada uma das mais importantes conferências realizadas a nível internacional no âmbito do design de sistemas interactivos, patrocinada pela Association for Computing Machinery. A iniciativa decorre há quase 25 anos, percorrendo o mundo, sendo que este ano desenrola-se em Portugal, pela primeira vez, sendo que no próximo ano vai decorrer em Singapura.

Nuno Nunes assume que este evento tem vindo a crescer ao longo dos anos, registando cerca de 500 pessoas esta edição. “Temos mais de mil pessoas a contribuir para este evento, numa área que é muito importante não só em perspectivas ligadas à natureza, mas também de empresas tecnológicas, que estão a olhar para aplicações de IA, todas as consequências que as novas tecnologias têm na interacção com as pessoas”, explica ao DIÁRIO.

A programação deste grande evento conta com mais de 200 artigos científicos que vão ser apresentados em quatro sessões paralelas, durante três dias, pelo que existe uma grande diversidade de temas. Além daqueles mais ligados à Natureza, há outros relacionados com a Inteligência Artificial ou Chat GPT, um tema que, aliás, motiva quatro sessões em que se discutem as implicações éticas da sua utilização até novas formas de integrar a IA em dispositivos como os telemóveis ou a internet. Nuno Nunes aponta ainda outros temas que estão direccionados para as tecnologias físicas, sessão de arte e várias demonstrações.

Os participantes neste congresso são provenientes de cerca de 40 países, com grande predominância dos EUA e aumento da China e países asiáticos. Outros países com grande número de participantes são Austrália e a Nova Zelândia e Reino Unido. Há também participantes provenientes de África e da América do Sul, pese embora em número bem mais reduzido.