Benjamin Netanyahu afirmou esta quarta-feira que Israel responderá com firmeza a qualquer ataque. É a primeira declaração do primeiro-ministro israelita depois da morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeye, em Teerão, e do número dois do Hezbollah, em Beirute.

“Temos pela frente dias difíceis. Desde o ataque em Beirute, há ameaças que soam de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e estaremos unidos e determinados contra qualquer ameaça. Israel cobrará um preço elevado por qualquer agressão contra nós, seja qual for a sua origem”, afirmou.

O chefe do Governo israelita acrescentou que Israel deferiu “golpes esmagadores” contra o Irão, o Hamas e o Hezbollah. Elogiou o ataque das Forças de Defesa de Israel no sul de Beirute e revelou que o número dois do Hezbollah, Fuad Shukr, era um ponto-chave na ligação entre o Irão e o grupo terrorista.

Disse também que, neste momento, não há condições para a guerra terminar e que, por isso, não vai ceder aos apelos.

“Não há dia que não ouça apelos para o fim da guerra e essa é a vontade de Israel, mas ainda não foram encontradas condições para que isso acontecesse.”

O primeiro-ministro israelita garante que as movimentações do Hamas não permitem garantir o fim da guerra e que a responsabilidade do Governo é proteger os cidadãos.

Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência

Nas próximas horas, o Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de urgência, a pedido do Irão, na sequência da morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque em Teerão.

O pedido foi apoiado pela Argélia e China, além da Rússia, que este mês preside ao Conselho de Segurança.

O Irão pede ao Conselho para "condenar inequivocamente e firmemente os atos de agressão e ataques terroristas do regime israelita contra a soberania e integridade territorial do Irão, bem como os recentes atos de agressão contra a soberania e integridade territorial do Líbano e da Síria".

Teerão quer ainda que a ONU tome "medidas imediatas para garantir a responsabilização por estas violações do direito internacional, incluindo a possibilidade de impor sanções e outras medidas para prevenir outros ataques".

Com LUSA