O regresso a Terra dos dois astronautas que viajaram em junho na primeira missão tripulada da nave Starliner da Boeing à Estação Espacial Internacional (EEI), que teve falhas de propulsão e fugas de hélio, ainda é incerto.
Em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, a NASA acrescentou que continua a analisar os dados sobre o sistema de propulsão da nave Starliner para avaliar as "opções de regresso".
"Se a NASA intervir e disser 'Agora queremos que a nossa tripulação regresse a casa noutro veículo', isso, por si só, não deve ser classificado como um acidente", alertou Russ DeLoach, diretor do gabinete de Segurança e Garantia de Missão da NASA.
O atraso no regresso "não significa necessariamente que tenhamos de o classificar como um acidente", sublinhou DeLoach na teleconferência com a imprensa.
A 7 de agosto, a NASA revelou que estava a avaliar a possibilidade de trazer os dois astronautas de volta em fevereiro de 2025 a bordo de uma cápsula Dragon da SpaceX.
Esta quarta-feira, o administrador associado da Direção de Missões de Operações Espaciais da NASA, Ken Bowersox, disse que as equipas estão a analisar em profundidade todos os dados e as reações dos especialistas em sistemas de propulsão para planear "opções de regresso".
Bowersox espera que a análise esteja concluída em meados ou no final da próxima semana, mas com alguma flexibilidade.
Já lá vão 70 dias de uma missão que ia durar apenas uma semana
Os astronautas Barry 'Butch' Wilmore e Sunita 'Suni' Williams cumprem, esta quarta-feira, setenta dias a bordo da Estação Espacial Internacional(EEI), quase oito semanas a mais do que o tempo previsto.
O seu regresso já foi adiado inúmeras vezes depois de terem sido detetados vários problemas no funcionamento da nave Starliner.
Com Lusa