"A situação de segurança rodoviária em Moçambique é deveras preocupante, na medida em que nos últimos cinco anos, por exemplo, morreram 4.812 pessoas nas nossas estradas, em resultado de 5.459 acidentes de viação", disse o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe, na cerimónia de lançamento da Fundação Vodacom, da maior operadora de telecomunicações moveis do país.

"Aproveitamos esta oportunidade para apelar que a Fundação Vodacom priorize estas parcerias já estabelecidas, ampliando a sua ação para mais causas filantrópicas no setor dos transportes e comunicações e demais segmentos sociais do país, como a educação, a saúde, entre outros", apelou o responsável, aludido aos programas que a operadora já apoia na área da segurança rodoviária.

Destacou mesmo que a nova Fundação Vodacom será "um dos atores" para mudar o paradigma da sinistralidade rodoviária em Moçambique.

"É nossa convicção que gestos simples, imediatos, como o uso de capacete pelos ciclistas, pelos motociclistas, mensagens sobre boas práticas para os peões e de condução sem o uso de celular e combate do uso do álcool na condução fazem toda a diferença na promoção da segurança rodoviária", disse ainda Ambrósio Sitoe.

A Fundação Vodacom, de âmbito social e lançada hoje em Maputo, é presidida por Hermenegildo Gamito, que foi também, há mais de 20 anos, o primeiro presidente do conselho de administração da atual maior operadora de telecomunicações do país.

"A nossa estratégia de investimento social assente na crença de que o acesso a uma educação e saúde de qualidade, a recursos digitais e a serviços financeiros, são direitos fundamentais que dignificam os indivíduos e proporcionam o progresso social", disse Hermenegildo Gamito, na mesma cerimónia.

De acordo com a informação prestada hoje, a Vodacom Moçambique aplica 1% das receitas em projetos sociais no país.

Um desses projetos é o programa "Faz Crescer", em que a operadora fornece laboratórios de informática a escolas públicas, com conectividade gratuita, que este ano será alargada a uma centena de estabelecimentos de ensino, abrangendo um milhão de professores e alunos.

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