À pergunta sobre se o Governo da AD tem estado a fazer um bom ou um mau trabalho, mais de metade dos inquiridos (51%) não tem dúvidas em dar negativa à equipa chefiada por Luís Montenegro.

Destes, 42% acham mesmo que seria tempo de mudar. Só 9% entendem que ainda é cedo para isso.

Em sentido contrário, entre os 38% que acham que o Governo até tem feito um bom trabalho, há 11% que ainda assim admitem que talvez seja o momento para uma mudança. 27%, porém, gostariam que tudo se mantivesse como está.

Esta avaliação maioritariamente negativa do desempenho do Governo AD vai de par com as respostas à pergunta sobre se Portugal tem estado a ir pelo caminho certo ou errado. A esmagadora maioria (67%) não tem uma visão otimista do rumo que o país tem seguido. E não chega a um quarto dos inquiridos os que estão confiantes.

Ficha técnica:

Este relatório baseia-se numa sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 25 de abril e 5 de maio de 2025. Foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL), tendo o trabalho de campo sido realizado pela GfKMetris. O universo da sondagem é constituído pelos indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 18 anos e capacidade eleitoral ativa, residentes em Portugal Continental. Os respondentes foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Sexo, Idade (4 grupos), Instrução (3 grupos), Região (7 Regiões NUTS II) e Habitat/Dimensão dos agregados populacionais (5 grupos). A partir de uma matriz inicial de Região e Habitat, foram selecionados aleatoriamente 111 pontos de amostragem, onde foram realizadas as entrevistas de acordo com as quotas acima referidas.
A informação foi recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos, em sistema CAPI, e a intenção de voto nas eleições legislativas recolhida através de simulação de voto em urna. Foram contactados 3550 lares elegíveis (com membros do agregado pertencentes ao universo) e obtidas 1002 entrevistas válidas (taxa de resposta de 28%, taxa de cooperação de 44%). O trabalho de campo foi realizado por 42 entrevistadores, que receberam formação adequada às especificidades do estudo. Todos os resultados foram sujeitos a ponderação por pós-estratificação de acordo com a frequência de prática religiosa e a pertença a sindicatos ou associações profissionais dos cidadãos portugueses com 18 ou mais anos residentes em Portugal continental, a partir dos dados da vaga mais recente do European Social Survey (Ronda 11). A margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória simples de 1002 inquiridos é de +- 3,1%, com um nível de confiança de 95%.