No 1º trimestre de 2025 a Madeira continua a estar em grande destaque no mercado imobiliário de compra e venda de habitações, sendo de registar o maior aumento homólogo (face ao 1.º trimestre de 2024) no valor dos imóveis transaccionados e o segundo maior crescimento no número de vendas. Segundo o INE, "são de destacar os crescimentos acima da média nacional no número e no valor das transações de alojamentos relativamente ao mesmo período de 2024 na Região Autónoma da Madeira e na Península de Setúbal, com aumentos de 28,4% e 29,1%, no número de transações e de 65,3% e 50,7%, no valor das transações, respectivamente".

Os dados divulgados esta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística, apesar de ter um peso relativamente pequeno na comparação por regiões, é de destacar os 2,2% do total de transacções efectuadas e de 2,8% no total do valor das mesmas, segmento dominado pelas regiões de Lisboa e Norte. "No 1º trimestre de 2025, o Norte, com um total de 12.285 transações, concentrou 29,7% do total das vendas de habitações, menos 0,3 p.p. face ao período homólogo. Seguiram-se, em termos de número de transações, a Grande Lisboa, com 8.018 unidades vendidas e o Centro com 6.501 unidades, representando 19,4% e 15,7% do total, pela mesma ordem, correspondendo, no primeiro caso, a um aumento de 0,3 p.p. em termos de peso relativo, e, no segundo, a um decréscimo de 0,6 p.p. de quota regional".

Já em valor, o INE refere que "a Península de Setúbal e a Região Autónoma da Madeira foram as regiões que registaram os maiores acréscimos homólogos em termos de quotas relativas, respetivamente, 0,6 p.p. e 0,4 p.p., perfazendo, no primeiro caso, 9,9% do valor total e 2,8%, no segundo", sendo que aqui "a Grande Lisboa e o Algarve que, no seu conjunto, concentraram 42,4% do montante total transacionado registaram reduções nas suas quotas regionais por comparação com o período homólogo de -0,7 p.p. e -0,3 p.p., pela mesma ordem", frisa.

Quebra significativa de um trimestre ao outro

No 1º trimestre de 2025, na RAM foram transaccionados 894 imóveis por um valor global superior a 265,6 milhões de euros, representando quebras significativas em número e em valor face ao 4.º trimestre de 2024. Nos últimos três meses do ano passado tinham sido vendidos 1.311 imóveis pelo valor global de quase 443,7 milhões de euros, significando reduções de um trimestre ao outro de -31,8% no número e de -40,1% no valor.

No País, se "foram transacionadas 41.358 habitações, mais 25,0% que em idêntico período de 2024 (32,5% no 4º trimestre de 2024). Do total das transações, 8.359 respeitaram a habitações novas, traduzindo-se num aumento de 25,4% relativamente ao trimestre homólogo. As vendas de habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8% do total), tendo atingido 32 999 unidades, valor superior em 24,9% face ao registo do mesmo período de 2024", afiança o INE.

"O número de transações diminuiu 8,5% entre o 4º trimestre de 2024 e o 1º trimestre de 2025 (variação de -3,1% no 1º trimestre de 2024). Neste período, as transações de habitações existentes apresentaram uma redução mais significativa do que as habitações novas (taxas de variação de -8,6% e -8,3%, respetivamente)", aponta.

No caso do valor dos alojamentos transacionados nos primeiros três meses de 2025 "totalizou 9,6 mil milhões de euros, representando um aumento de 42,9% face ao mesmo trimestre de 2024. No trimestre em análise, observou-se uma variação homóloga de 43,2% no valor das transações das habitações existentes, perfazendo 7,0 mil milhões de euros e um aumento de 42,0% no valor das habitações novas, totalizando 2,6 mil milhões de euros", mas "relativamente ao trimestre anterior, o valor das habitações transacionadas, no 1.º trimestre de 2025, registou uma redução de 5,5% (+12,4% no 4º trimestre de 2024). Por categoria, a redução no valor das vendas foi mais expressiva nas habitações novas (-8,3%), face às existentes (-4,4%)", conclui a autoridade estatística nacional.