
A candidatura do Livre “Funchal para Viver — com dignidade e futuro”, encabeçada por Marta Sofia, alertou, hoje, para "a gravidade da situação das redes de águas residuais e pluviais do concelho", denunciada recentemente pela oposição.
"O estado actual destas infra-estruturas compromete a qualidade de vida dos moradores, a segurança em episódios de chuva intensa e até a qualidade das águas balneares do Funchal, que põe em causa a saúde pública e ambiental da cidade", sublinha o Livre em comunicado de imprensa.
O partido aponta que "as falhas estruturais nas redes de drenagem têm provocado alagamentos e inundações em vários pontos da cidade, demonstrando a incapacidade do sistema para responder a eventos meteorológicos extremos".
Além disso, lembra que a ligação das redes da zona Oeste do Funchal à Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Câmara de Lobos permanece por concretizar, "apesar das empreitadas lançadas pelo executivo anterior".
De acordo com partido, "o problema é agravado pelo facto de o próprio acordo em vigor reconhecer falhas na qualidade das águas do mar junto a Câmara de Lobos".
Se a situação actual já não é devidamente resolvida, pressão acrescida numa rede já saturada, sem que exista um plano estratégico que antecipe este impacto, como será possível enfrentar os impactos quando o novo hospital estiver a funcionar em pleno e o projecto Dubai, na Estrada Monumental, trouxer mais população e pressão urbanística para o Oeste do Funchal? Livre
Nesta linha, o Livre propõe a implementação de um Plano Municipal de Saneamento e Resiliência Climática, "que garanta a modernização urgente da rede de águas pluviais e residuais, com separação eficaz de sistemas e a realização de obras prioritárias nas zonas de maior risco, nomeadamente no Oeste, Zonas Altas e no Centro da cidade".
Esta candidatura diz ser também fundamental "assegurar a ligação imediata à ETAR de Câmara de Lobos, através de um entendimento equilibrado e eficiente entre os concelhos, garantindo resposta adequada aos caudais presentes e futuros, e recorrendo a todos os instrumentos políticos e legais disponíveis para ultrapassar a atual estagnação na resolução deste problema".
O Funchal não pode viver entre alagamentos no inverno e praias poluídas no verão. Esta crise é resultado da falta de planeamento estratégico e da ausência de responsabilidade na gestão do território. A nossa candidatura defende soluções de longo prazo: redes modernas, acordos justos e um urbanismo responsável, para que o crescimento da cidade não se faça à custa da qualidade de vida dos funchalenses nem da biodiversidade marinha que a cidade (ainda) possui Marta Sofia, Livre