
O JPP vai requerer uma audição parlamentar urgente à presidente da Câmara do Funchal, ao vereador com o pelouro do Urbanismo, João Rodrigues, e ao presidente da cooperativa de habitação Cortel, João Lucas. Isso mesmo foi hoje anunciado pelo partido.
O objectivo do JPP é obter explicações dos responsáveis sobre o licenciamento de frações para Alojamento Local (AL) de um bloco de apartamento construído com financiamento e apoios públicos, situação denunciada publicamente pelo vereador da oposição na autarquia, Miguel Silva Gouveia.
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“É uma subversão de um investimento que teve apoios públicos perante a permissividade e o licenciamento cúmplice da Câmara Municipal do Funchal”, considera Élvio Sousa. O líder do partido lembra que "a Cortel confrontou a CMF com o licenciamento, foi solicitada uma audiência com a presidente da autarquia a 4 de Julho, mas segundo declaram os próprios, a reunião «só não aconteceu ainda» porque Cristina Pedra «se ausentou de férias». Conclusão: «A edilidade deixa de funcionar com a Pedra fora da Câmara, Incompetência»”, considera.
Élvio Sousa pede ao “PSD/CDS que não atrapalhem, contribuam, sobretudo a Sara Madalena, que se apregoa de grande defensora da transparência e da boa gestão dos dinheiros públicos”, e pergunta ao “olheiro e fiel escudeiro do PSD/CDS, João P. Marques, pago pelo Orçamento Regional a 150 euros à hora, se não viu nada “de bom, de mau ou de suspeito! neste caso da habitação, sintomático”, enfatizou.
Citando Martin Luther King, Élvio Sousa refere que "a nossa vida começa a terminar quando ficamos em silêncio sobre o que realmente importa".
“Não podemos ficar em silêncio sobre o elevado custo de vida perante um governo de coligação PSD/CDS que teima em não baixar o IVA, que resiste em lançar um concurso público internacional para a operação portuária e auditar preços; que encobre as negociatas sobre o sector energético com os dois gigantes monopolistas; que deseja privatizar a gestão dos percursos para concessioná-los aos privilegiados de sempre e que mantém uma política de Habitação pouco transparente e a lume brando”, finalizou.