Libkos

O Hospital pediátrico de Kyiv, que foi atingido na segunda-feira por um míssil russo, era um dos maiores da Europa. Tratava centenas de crianças todos os dias e muitas estavam internadas com doenças graves.

O ataque foi na segunda-feira, mas nas redes sociais continuam a circular milhares de vídeos e fotografias de crianças assustadas, paradas no meio dos escombros, outras ainda com o cabide do soro ao seu lado e a cabeça enfaixada a tapar ferimentos provocados pela explosão.

Há um ano a viver na capital ucraniana, Iryna Shev tinha pedido à SIC Notícias, canal para o qual trabalha como correspondente em Kiev, um dia de folga. Mas não o teve, nem seria possível. Pelas 10 da manhã começaram a cair as bombas na capital, as sirenes avisavam toda a gente para seguir para o abrigo e só depois de sair do abrigo é que Iryna reparou numa enorme nuvem cinzenta que não dissipava. Seguiu até lá, e quando chegou percebeu que estava perante um dos um dos piores ataques desde o início da guerra.

Neste episódio vamos ouvi-la contar o que viu, o que as pessoas lhe disseram e por que razão este tipo de ataques não vão mudar a forma como os ucranianos veem o caminho para o fim do conflito.

Um dia antes da cimeira da NATO em Washington, Vladimir Putin decidiu voltar a mostrar que não está preocupado com a paz, apesar de a defender em várias reuniões que vai tendo com líderes como o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ou o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

Só nos ataques de segunda-feira, que afetaram toda a Ucrânia, morreram pelo menos 41 pessoas.