
A taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em maio, mais 0,2 pontos percentuais do que em abril, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) esta quinta-feira avançada pelo INE coincide com o valor da estimativa rápida divulgada pelo instituto a 30 de maio.
Já o indicador de inflação subjacente - que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia - registou uma variação homóloga de 2,2% em maio, que compara com 2,1% no mês anterior, o que representa uma revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais face à estimativa inicial.
Analisando os indicadores que compõem o IPC, verifica-se que a variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 0,1%, face a -0,1% em abril, enquanto a do índice referente aos produtos alimentares não transformados subiu de 3,2% para 4,0%.
Inflação abranda, mas custo dos bens alimentares continua a subir
Já por classes de despesa e face ao mês anterior, o INE destaca os aumentos das taxas de variação homóloga das "bebidas alcoólicas e tabaco", dos "bens alimentares e bebidas não alcoólicas" e dos "acessórios para o lar, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação", com variações de 1,5%, 2,5% e 0,2% respetivamente (-0,1%, 1,6% e -0,6%, em abril).
Em sentido oposto, assinala as diminuições das taxas de variação homóloga das classes dos "restaurantes e hotéis", dos "transportes" e dos "bens e serviços diversos", com variações de 6,1%, 1,0% e 1,8% respetivamente (6,7%, 1,3% e 2,0% no mês anterior).
Em maio, nas classes com maiores contributos positivos para a variação homóloga do IPC destacaram-se a dos "bens alimentares e bebidas não alcoólicas" e dos "restaurantes e hotéis". Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do "vestuário e calçado".
Comparando com o mês precedente, destaca-se o aumento da contribuição para a variação homóloga do IPC da classe dos "bens alimentares e bebidas não alcoólicas" e, em sentido contrário, da classe dos "restaurantes e hotéis".
Preços sobem menos em Portugal do que na média europeia
Na comparação em cadeia, a variação do IPC diminuiu para 0,3% (0,7% no mês precedente e 0,2% em maio de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,3% (2,4% no mês anterior).
Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação entre países europeus, apresentou uma variação homóloga de 1,7%, confirmando-se a previsão anunciada no final de maio.
O IHPC português em maio foi inferior em 0,4 pontos percentuais ao observado em abril e inferior em 0,2 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do euro (em abril, esta diferença tinha sido de 0,1 pontos percentuais).
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 1,6% em maio (2,2% em abril), taxa inferior à correspondente para a área do euro (estimada em 2,4%).
Quanto à variação mensal do IHPC, foi de 0,6% em maio (1,3% no mês anterior e 1,0% em maio de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi de 2,4% (2,6% no mês precedente).