O Hospital Divino Espírito Santo (HDES) foi hoje atingido por um incêndio que obrigou à transferência de todos os doentes internados.

Em declarações aos jornalistas, a presidente do Conselho de Administração do HDES, Manuela Menezes, disse que é "muito prematuro" dar uma previsão para o retomar da atividade naquela unidade de saúde, mas garantiu que a normalidade será reposta "o mais brevemente possível".

"Ainda estamos a evacuar [as instalações] (...) Ainda estamos a fazer uma inspeção, ainda temos que chegar à zona mesmo crítica do foco de incêndio, para depois termos essa noção, se são dias, se são semanas", disse a responsável.

Pelas 17:15 locais (18:15 em Lisboa) indicou que apenas faltavam retirar 29 doentes das instalações hospitalares, sem especificar o número total de pessoas internadas naquele hospital, que é o maior dos Açores.

"Como disse, estamos a fazer uma vistoria, já temos eletricidade, coisa que há cerca de duas horas não tínhamos e, por isso, como estou a dizer, assim que tenhamos energia e tenhamos a possibilidade de repor a normalidade, assim o faremos", garantiu.

Manuela Menezes explicou que decidiram evacuar todo o edifício porque "o fumo alastrou de tal ordem pelo hospital que não estavam reunidas as condições de segurança, por causa da inalação de fumos".

"Daí que nós tivéssemos tomado essa decisão de alerta máximo e de evacuação total do hospital", justificou.

A responsável também adiantou que foram transferidos para o hospital da CUF na Lagoa, em São Miguel, os doentes que estavam no bloco de partos e os que estavam na neonatologia, na pediatria, na urgência e na unidade dos cuidados intensivos.

Foram também transferidos doentes para centros de saúde, para a Casa de Saúde de Nossa Senhora da Conceição e para a Clínica do Bom Jesus.

Com a ajuda do Exército foram transportados equipamentos tanto para a CUF como para os centros de saúde.

O incêndio atingiu uma área técnica de um quadro elétrico que fica no piso 1.

"De resto, o comprometimento tem tudo a ver com a falta de energia que nós não temos ainda na totalidade no edifício, mas que já está a ser restabelecida através de geradores, mas que ainda não nos permite, naturalmente, dar a continuidade e prestar os cuidados que necessitamos aos nossos doentes", concluiu.

O alerta para o incêndio que deflagrou no Hospital de Ponta Delgada foi dado pelas 09:40 locais (10:40 em Lisboa).

O incêndio foi declarado extinto às 16:11 locais (17:11 em Lisboa), tendo provocado ferimentos ligeiros em nove dos 104 bombeiros mobilizados, revelou hoje a Proteção Civil.

ASR (APE/RPYP) // MCL

Lusa/Fim