A Câmara Municipal de Almería (Espanha) anunciou hoje a suspensão das comemorações do Dia Internacional do Orgulho LGBT+, em sinal de respeito face ao assassinato de uma mulher, na sexta-feira, num caso de possível violência de género.

A decisão foi comunicada através das redes sociais oficiais da autarquia, que explicou que, apesar do cancelamento do evento festivo, a marcha de protesto e a leitura do manifesto, conforme programado, vão realizar-se.

"Perante o assassinato de uma mulher ocorrido ontem [sexta-feira] à tarde na nossa cidade, num caso suspeito de violência de género, e em sinal de respeito e solidariedade para com a vítima e a sua família, as comemorações do Dia Internacional do Orgulho LGBT+ estão suspensas", declarou a Câmara Municipal.

O crime ocorreu numa casa, onde foi encontrado o corpo de uma mulher, de 63 anos, com ferimentos compatíveis com o uso de uma faca, segundo fontes policiais.

A sua mãe encontrou o corpo e alertou os serviços de emergência. A Polícia Nacional confirmou que a morte foi violenta e acionou o protocolo judicial e científico.

O alegado autor, o marido da vítima, de 60 anos, foi localizado logo após ter sofrido um acidente com o seu veículo, no município de Pechina. A polícia está a investigar se o acidente foi uma tentativa de suicídio. O homem está internado sob escolta policial e livre de perigo.

A Delegação do Governo na Andaluzia informou que não havia relatos anteriores de violência de género entre o casal. O Governo Regional da Andaluzia acrescentou que a vítima não tinha contactado o Instituto Andaluz da Mulher nem era utilizadora de nenhum dos recursos específicos para as vítimas.

Os detalhes do caso foram enviados para a Delegação do Governo contra a Violência de Género, que deverá determinar se se tratou de um assassinato com motivações sexistas. A confirmar-se, será a sexta morte na Andaluzia em 2025 e a 21.ª em Espanha este ano.