Os trabalhadores da função pública estão desde a 00:00 em greve. A principal reivindicação é a valorização das carreiras. O setor da Saúde será um dos mais afetados.

A paralisação de 24 horas, convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap) vai afetar, sobretudo, os setores da Saúde e da Educação, mas também serviços municipais entre a meia noite e as 23h59 desta sexta-feira.

Os profissionais do Ensino estão descontentes, depois do ministro da Educação afastar a hipótese de ser criada uma carreira especial para os trabalhadores não docentes.

Setor da saúde

Na Saúde, os profissionais reclamam o atraso na implementação da carreira de técnico auxiliar, que está em vigor desde janeiro.

Às primeiras horas da greve de 24 horas, os números de adesão são reveladores: um pouco por todo o país as unidades de saúde estão a funcionar com serviços mínimos.

De acordo com Elisabete Gonçalves, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), em Lisboa, a adesão está a ser, no primeiro turno, de 100% no Hospital de São José e de 85% no Hospital Amadora-Sintra. Na Maternidade Alfredo da Costa é de 90%.

Os profissionais em greve esperam que o Governo resolva os problemas dos profissionais de saúde. "Temos carreiras que não são revistas desde 2008", assinala a responsável.

Em entrevista à SIC, Elisabete Gonçalves destaca a necessidade de contratação de trabalhadores para o Serviço Nacional de Saúde.

Os serviços mínimos serão assegurados nos serviços que funcionem ininterruptamente 24 horas por dia, nos sete dias da semana.

Serão também assegurados os tratamentos de quimioterapia e hemodiálise já anteriormente iniciados.