O director da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, citando fontes da Polícia Judiciária (PJ), afasta a hipótese de ‘bullying’ no meio escolar envolvendo a aluna de 12 anos que faleceu recentemente, num contexto trágico que, conforme o DIÁRIO noticiou na passada quarta-feira, estará a ser investigado pelas autoridades.

Ricardo Barcelos, numa nota remetida ao DIÁRIO na tarde de hoje após ter sido instado, esta manhã, a se pronunciar sobre o caso, refere que um inpector da PJ lhe terá garantido que “a hipótese de bullying no meio escolar foi descartada”. No entanto, aquele responsável não concretiza a motivação ou o que poderá ter estado na origem do trágico desfecho.

No mesmo comunicado, que entretanto foi divulgado pelo estabelecimento de ensino nas suas redes sociais, o presidente do Conselho Executivo diz que se dirigiu hoje de manhã às instalações da PJ, no Funchal, “na tentativa de obter informação fidedigna para esclarecer toda a comunidade escolar, designadamente outros pais e encarregados de educação, dada a avalanche de ‘fake news’ que têm inundado as redes sociais”.

A par disso, é referido que “a situação ocorrida com a aluna não pode ser imputada à escola e há provas disso”, argumenta Ricardo Barcelos, que assina o texto e, por conseguinte, é de opinião que “a notícia veiculada pelo Diário de Notícias não é correcta”.

O presidente do Conselho Executivo apela “ao respeito por todos os membros da comunidade escolar, alunos e respectivos encarregados de educação, professores e funcionários”, dizendo reconhecer que “nenhuma instituição é perfeita”, reafirmando que a sua escola “repudia qualquer forma de ‘bullying’ e permanece comprometida em garantir um ambiente baseado no respeito e na colaboração entre todos”.

Além disso, aquele responsável reforça que “neste momento doloroso, é fundamental mantermos o respeito pela memória da vítima, oferecer todo o apoio possível à família, amigos e colegas, e evitar qualquer tipo de especulações prematuras”.

Salienta que desde que o estabelecimento de ensino tomou conhecimento do sucedido, tem estado a Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco “a colaborar contínua e plenamente com as autoridades competentes”, aguardando “serenamente o resultado da investigação”.

Estretanto, uma das prioridades tem passado por “garantir apoio emocional a toda a comunidade escolar”.

Refira-se que na notícia publicada, em primeira mão, na edição de 30 de Abril, quarta-feira, o DIÁRIO não imputou qualquer responsabilidade à escola. Com base nas informações recolhidas até ao final do dia anterior, este jornal deu conta de que as autoridades policiais estariam na posse de elementos que validavam a tese de que a criança em questão se queixava de ‘bullying’ no meio escolar.