O milionário Elon Musk afirmou que a entrevista com o ex-presidente norte-americano Donald Trump na rede social X (antigo Twitter) começou com um atraso de 45 minutos devido a um "ataque cibernético maciço".

"Estamos a trabalhar arduamente para o impedir", acrescentou o patrão da rede social, garantindo que a plataforma foi alvo de um ataque destinado a sobrecarregar os servidores da empresa e provocar uma interrupção.

A conversa estava agendada para começar às 20:00 de segunda-feira (01:00 em Lisboa) e mais de 300.000 utilizadores tinham inicialmente tentado seguir em direto.

A entrevista em direto, que a certa altura teve 1,3 milhões de pessoas a ouvir, contou com várias trocas de elogios entre Trump e Musk.

O candidato às eleições de novembro deu os parabéns ao fundador da Tesla pela sua capacidade em demitir trabalhadores que exigiam melhores condições.

Já Musk elogiou a sua "coragem" durante o ataque do mês passado, num comício. Algumas semanas depois do atentado, o empresário anunciou o seu apoio ao antigo Presidente norte-americano.

De acordo com agência Reuters, a conversa com Musk ofereceu a Trump uma oportunidade "não filtrada" de expor a sua habitual retórica de queixas, ataques pessoais e afirmações exageradas ou falsas.

Musk deixou Trump liderar a conversa e não contestou as declarações imprecisas de Trump, como a afirmação de que outros países estavam a enviar criminosos das suas prisões através da fronteira sul dos Estados Unidos da América, ou que os preços do bacon tinham subido quatro ou cinco vezes.

Trump falou ainda sobre a candidata rival, Kamala Harris, insultando-a várias vezes. "Pessoa de terceira categoria", "incompetente" e "uma maluca da esquerda radical" foram alguns dos insultos do candidato republicano, que ainda teve tempo para elogiar a sua aparência.

“Ela parece a atriz mais linda que já existiu”, disse Trump sobre uma fotografia de Harris na capa da revista Time. “Era um desenho e, na verdade, ela parecia-se muito com uma grande primeira-dama, Melania”, acrescentou, referindo-se à sua esposa Melania Trump.

Ainda esta segunda-feira, a menos de três meses das eleições presidenciais de 5 de novembro, Trump voltou a publicar na rede social detida por Musk e assinalou o regresso com várias mensagens eleitorais.

A última mensagem datava de 8 de janeiro de 2021. A rede social decidiu suspender a conta de Trump naquele mês, na sequência da tensão política decorrente da eleição presidencial de 2020 e do ataque ao Capitólio por apoiantes do Republicano.


Com Lusa