
Dois dos quatro arguidos suspeitos no caso do homicídio do pianista Pedro Queiroz, em março de 2023, foram condenados, esta segunda-feira, a 25 anos de prisão. O Tribunal de Setúbal deu como como provado o crime por motivos fúteis.
Nuno Patrício e Ângelo Taia foram condenados a 25 anos de prisão pelos crimes de homicídio, profanação de cadáver e roubo, enquanto Paulo Rodrigues foi condenado a três anos com pena suspensa profanação de cadáver e posse de arma proibida.
Ana Gonçalves foi absolvida. O tribunal não conseguiu provas de que a suspeita teria consciência do que estava a acontecer.
A juíza no acórdão fala num “crime horrendo" e de motivos fúteis.
Segundo a acusação do Ministério Público, a vítima, consumidora de droga, ter-se-á desentendido com um dos arguidos, seu fornecedor, tendo sido agredida de forma violenta, amordaçada e fechada no interior de uma casa de banho, onde viria a morrer dias depois.
Em causa estão os crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, tráfico de droga e condução sem habilitação.
De acordo com a investigação, os arguidos decidiram depois, em conjunto, abandonar o corpo no interior de um poço na localidade do Penteado, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, com objetivo de se apropriarem de avultados valores patrimoniais da vítima.
A autópsia revelou sinais de violência.
Em maio de 2023, três homens de 27, 46 e 47 anos e uma mulher de 45 anos foram detidos por suspeitas de envolvimento na morte do pianista. A Polícia Judiciária divulgou que dois dos detidos já tinham antecedentes criminais pelos crimes de tráfico de estupefacientes e roubo.