Dez cidades recebem hoje manifestações convocadas pela plataforma Casa para Viver, com o objetivo de assinalar que "a situação da habitação não pode continuar".

Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Elvas, Faro, Lisboa, Portimão, Setúbal e Viseu vão ser palco de uma jornada de luta pela habitação e da apresentação de um Caderno Reivindicativo de Emergência para o problema, com doze pontos.

Antes de mais, propõem o controlo das rendas "como uma medida urgente e necessária neste momento" e, em paralelo, o aumento da duração dos contratos de arrendamento para dez anos, destacou André Escoval, um dos porta-vozes da plataforma Casa para Viver e membro do movimento Porta a Porta.

A plataforma identifica ainda "as necessidades" de limitar o alojamento local, proibindo novas licenças e acabando com os benefícios fiscais, e de se travar "todas as formas de despejo sem alternativa de habitação digna".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

A Noite da Literatura Europeia acontece hoje em Lisboa, com sessões de leituras encenadas em espaços da freguesia das Avenidas Novas, com a presença de vários autores europeus.

Entre as 19:00 e as 23:30, será possível assistir de forma gratuita a sessões com a escritora belga Emmanuelle Pirotte, o grego Yannis Mavritsakis, a luxemburguesa Carla Lucarelli, a romena Sorina Rîndasu, o português David Machado, e dedicadas a obras como "Kairos", de Jenny Erpenbeck (Alemanha), e "Orbital", de Samantha Harvey (Reino Unido), que venceram modalidades do Booker Prize, "Maus Hábitos", primeira obra da escritora Alana S. Portero (Espanha), e "A Parede", de Marlen Haushofer (Áustria).

A Nouvelle Librairie Française, o átrio da estação de metro de São Sebastião, o Centro de Arte Moderna, da Fundação Calouste Gulbenkian são alguns dos espaços que acolhem as sessões dedicadas às letras da Alemanha, Áustria, Espanha, Estónia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Polónia, Reino Unido e Roménia.

A Noite da Literatura Europeia é uma iniciativa da EUNIC Portugal, rede de institutos culturais e embaixadas de países da União Europeia. A iniciativa está integrada nas Festas de Lisboa.

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A exposição "Zé Povinho 1875-2025: 150 anos de sátira, resistência e identidade popular" abre portas no Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha, onde ficará patente até 28 de setembro.

Com curadoria do designer Jorge Silva, a mostra celebra a figura da sátira portuguesa, através de publicações e obras originais de nomes do cartoon português como Stuart Carvalhais, José Vilhena, João Abel Manta, André Carrilho e Cristina Sampaio, entre outros.

Além da exposição principal dedicada à personagem criada em 1875, que atravessou diferentes regimes, da Monarquia à República, da ditadura ao pós-25 de Abril, o programa comemorativo vai estender-se a vários espaços das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, onde Bordalo fundou a Fábrica de Faianças, com mesas redondas sobre liberdade de expressão, mostras temáticas e o lançamento de um catálogo de 240 páginas sobre o artista.

DESPORTO

O Benfica defronta hoje os ingleses do Chelsea nos oitavos de final do Mundial de clubes de futebol, no calor de Charlotte, nos Estados Unidos, moralizado pelo triunfo sobre o Bayern Munique e a vitória no Grupo C.

Segundo melhor da fase de grupos, com sete pontos e 9-2 em golos, e único fora do 'top 5' europeu a chegar à fase a eliminar, o conjunto 'encarnado' parte ainda assim como 'outsider', face a um dos 'grandes' da Premier League.

Os londrinos surgem como favoritos, também pelo passado entre ambos, já que venceram os três jogos, todos pela diferença mínima, por 1-0 na Luz e por 2-1 em Stamford Bridge, nos quartos de final da 'Champions' de 2011/12, e por 2-1 em Amesterdão, na final da Liga Europa de 2012/13.

Os 'encarnados' vão em busca dos 'quartos' e também de um prémio de 12,150 milhões de euros (ME), para juntar aos 26,126 ME já embolsados -- 14,6 ME pela presença, 3,7 ME pelos dois triunfos, 926.000 pelo empate e 6,9 ME pela qualificação para os 'oitavos'.

O Benfica e o Chelsea defrontam-se no sábado pela quarta vez, no segundo encontro dos oitavos de final do renovado Mundial de clubes, marcado para as 16:00 locais (21:00 em Lisboa), no Bank of América Stadium, em Charlotte, Estados Unidos. Antes, há clássico brasileiro, entre Palmeiras e Botafogo.

Artigo relacionado: Benfica joga acesso aos quartos de final com o Chelsea

INTERNACIONAL

Mais de 35 mil pessoas deverão participar hoje em Budapeste na Marcha do Orgulho LGBT+, marcada pela polémica proibição do Governo húngaro, liderado pelo populista Viktor Orbán, apesar dos apelos da União Europeia e organizações.

A comissária europeia para a Igualdade, Preparação e Gestão de Crises, Hadja Lahbib, e pelo menos 70 eurodeputados, incluindo as portuguesas Ana Catarina Mendes (PS) e Catarina Martins (BE), anunciaram que irão participar na marcha, que o Governo húngaro proibiu com o argumento de que representa uma ameaça para os menores.

A Comissão Europeia também manifestou o seu apoio à marcha, tendo a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, solicitado às autoridades húngaras que permitam a sua realização e não imponham multas ou sanções aos participantes.

Vários países europeus emitiram avisos de viagem para os cidadãos que tencionam assistir ao evento.

Orbán insistiu na sexta-feira sobre as consequências legais da realização da marcha, mas garantiu que a Hungria "é um país civilizado" e não vai usar a força contra os manifestantes, ao mesmo tempo que repudiou a intervenção de Von der Leyen.

PAÍS

A obra de uma bacia de retenção, destinada a retardar o galgamento da Ribeira de Algés e evitar cheias na Baixa da vila do município de Oeiras, é hoje inaugurada pelo presidente da autarquia.

"A reabilitação da Ribeira de Algés que agora se inaugura traduz-se na criação de uma bacia de retenção que permitirá retardar o galgamento da ribeira quando há chuvas intensas e evitar cheias", explicou à Lusa fonte oficial do gabinete do presidente da autarquia, Isaltino Morais (independente).

A iniciativa, que implicou um investimento municipal de 500 mil euros, faz parte de "um conjunto de medidas preventivas desenvolvidas pelo município de Oeiras para reduzir o risco de inundações na Baixa de Algés", acrescentou.

A obra no troço canalizado da ribeira está incluída no protocolo assinado, em janeiro, entre o município e o Governo, com vista "a resolver definitivamente o problema das cheias em Algés".