
A embaixada chinesa em Teerão indicou hoje que a "grande maioria" dos cidadãos chineses já foi retirada do Irão, face ao agravamento do conflito com Israel, intensificado por ataques israelitas e bombardeamentos norte-americanos contra instalações nucleares.
De acordo com o ministro conselheiro da missão diplomática chinesa, Fu Lihua, a embaixada coordenou a retirada em estreita colaboração com o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês e com as representações diplomáticas da China na Turquia, Arménia, Azerbaijão, Turquemenistão e Iraque.
As operações foram realizadas por via rodoviária desde Teerão e outras áreas de risco até às fronteiras terrestres com países vizinhos, como o Azerbaijão e o Turquemenistão, avançou no domingo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
Nos postos fronteiriços, como Astara ou Bajgiran, foram destacadas equipas de apoio para facilitar os procedimentos de saída e garantir a segurança dos cidadãos chineses, explicou Fu.
Segundo dados oficiais, residem atualmente cerca de 4.000 cidadãos chineses no Irão.
A embaixada chinesa precisou que os poucos cidadãos chineses que permanecem no Irão já foram transferidos para zonas consideradas mais seguras.
A China realizou também operações de retirada em Israel, de onde cerca de 300 cidadãos chineses, maioritariamente estudantes, foram transportados por via terrestre através das fronteiras com o Egito e a Jordânia, face ao risco de agravamento do conflito com o Irão.
Pequim instaram os cidadãos chineses que ainda permanecem em Israel a registarem-se para futuras operações.
Desde o início da recente escalada entre Israel e o Irão, a China manifestou "profunda preocupação" com a situação e apelou repetidamente ao "cessar imediato das hostilidades", tendo condenado ainda os recentes ataques dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, que considera contribuírem para "exacerbar as tensões" no Médio Oriente.