O Chega manifestou hoje a sua indignação pelo que diz ser um "tratamento indigno" aos formandos do 20.º Curso de Formação de Agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), que decorre em Torres Novas. Nessa indiganção o partido inclui também as famílias dos formandos, "sobretudo aquelas que, a partir das Regiões Autónomas, enfrentam maiores dificuldades logísticas e financeiras para estarem presentes".

Refere o Chega que "ao longo das últimas semanas, a data da cerimónia de compromisso de honra foi alterada sucessivamente, sem qualquer comunicação institucional clara, com notificações informais enviadas fora de horas através de mensagens de WhatsApp, sem o mínimo de respeito pelos envolvidos". A última mudança ditou o adiamento da cerimónia para 29 de Julho, "alegadamente por «motivos de agenda política»", é referido na mesma missiva.

Pois estes sucessivos adiamentos e incertezas "causou prejuízos a dezenas de famílias, algumas obrigadas a alterar escalas de trabalho, remarcar voos e suportar custos adicionais", acrescenta aquela forma partidária, notando a maior gravidade desta situação para quem vive nas ilhas.

Isto é mais do que má organização — é um retrato do desprezo com que o Estado continua a tratar os portugueses das ilhas. As famílias dos formandos da PSP não podem ser joguetes na agenda política de Lisboa. Os madeirenses e os açorianos merecem respeito. Não aceitamos ser tratados como portugueses de segunda. Miguel Castro, Chega-Madeira

Entende, por isso, o líder do Chega-Madeira que este caso "evidencia, mais uma vez, como os direitos dos portugueses das Regiões Autónomas continuam a ser ignorados. A continuidade territorial é um princípio constitucional que está a ser constantemente atropelado, relegando os madeirenses e açorianos para uma condição de cidadãos de segunda".

Perante isto, "o Chega exige que o Governo e as entidades formadoras da PSP assumam responsabilidades, corrijam imediatamente esta situação e garantam o respeito pelos formandos e pelas suas famílias".