
O grupo parlamentar do Chega na Assembleia da República apresentou um projecto de resolução que solicita ao Governo da República a revisão do modelo de subsidiação das ligações aéreas entre o continente e as regiões autónomas, com o objectivo de assegurar que os residentes paguem apenas a tarifa fixa no momento da compra.
O deputado Francisco Gomes, eleito pelo círculo da Madeira, diz que a medida do Chega visa "corrigir o facto de a Região viver refém das passagens aéreas mais caras do país e paga, por milha aérea, um valor superior ao praticado em rotas internacionais". Para o parlamentar, esta realidade “viola o princípio constitucional da continuidade territorial”, algo que o Chega diz ser “inadmissível e quer retificar”.
Quando uma família madeirense precisa de milhares de euros para visitar o seu próprio país, estamos perante um roubo disfarçado de política pública. O Estado prometeu rever o modelo, mas continua a falhar. O Chega quer recordar ao governo que está em falta e que tem de agir em prol da Madeira. Francisco Gomes
O projecto do CHEGA determina que o diferencial entre a tarifa fixa e o preço real seja suportado directamente pelo Estado perante as companhias aéreas.
Francisco Gomes acusa o Governo da República de "incumprir reiteradamente" as suas obrigações de coesão territorial e garante que o Chega não permitirá “mais conversas vazias”.
Se o Estado não corrige esta injustiça, está a dizer aos madeirenses que a Constituição é letra morta. Mas nós não aceitamos – nem aceitaremos – que continuem a tratar a Madeira como periferia de segunda ou terceira categoria! Francisco Gomes