
Pelo segundo dia consecutivo, o Chega escolha falar sobre a situação do sistema prisional na Região. Desta feita, Francisco Gomes aponta cinco problemas que, segundo os representantes sindicais, ameaçam a autoridade dentro das cadeias. Este é o resultado de uma reunião entre o deputado à Assembleia da República, o candidato do partido à Câmara Municipal do Funchal e dirigentes do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.
Segundo nota à imprensa, o estado das viaturas celulares é considera do "crítico", pois "alegadamente, muitas não têm condições de segurança e algumas nem sequer deviam circular, colocando em risco os agentes e os reclusos".
Francisco Gomes afirma que o sindicato indica que não é cumprido o rácio legal entre guardas e reclusos, algo que o Chega considera comprometer "seriamente a vigilância e a capacidade de resposta em situações de tensão". Há ainda escassez de recursos humanos, que "tem levado à multiplicação de incidentes, com agressões entre reclusos e crescente indisciplina", diz o partido.
O Chega aponta ainda um "alegado aumento de 20% nas agressões a guardas prisionais". Por fim, o partido fala em "falta de atractividade da carreira, visível no facto de apenas 68 das 255 vagas abertas num concurso recente terem sido preenchidas".
"O sistema das prisões está falido e em rutura. Os guardas são agredidos, os recursos são escassos, as viaturas são perigosas, as carreiras estão congeladas e o Estado finge que está tudo bem. Isto é abandono institucional e falta de vergonha da classe política", lamenta Francisco Gomes.
Para o deputado, não basta reconhecer os problemas das prisões nos discursos, mas é preciso agir, legislar, investir e respeitar as forças de segurança, como um todo. "O Chega não desiste dos guardas prisionais. Não queremos elogios vazios. Queremos soluções concretas, justiça salarial, proteção no terreno e respeito pela carreira. Estes homens e mulheres estão a manter de pé um sistema que o Governo já deixou cair. É essa a verdade", aponta.
Já o candidato à CMF, Luís Filipe Santos reforçou que os municípios também têm um papel a desempenhar na valorização das forças de autoridade e justiça. Além disso, garantiu que o partido "continuará a ser uma voz firme e determinada em defesa da dignidade dos guardas prisionais e do reforço estrutural do sistema prisional português".