A candidatura da CDU à Assembleia da República considera ser urgente o aumento das quotas do atum, algo que é negociado entre os governantes portugueses e a União Europeia. Para Herlanda Amado, estas estão a conduzir o sector da pesca para o colapso.

A candidatura esteve, esta manhã, no Caniçal, em contactos com a população, sendo que a cabeça-de-lista assumiu que "na Região Autónoma da Madeira as possibilidades de pesca estão de tal forma limitadas que colocam os pescadores e armadores em situação de asfixia económica".

Herlanda Amado afirmou que, "actualmente, o atum patudo tem uma quota nacional de aproximadamente 3.100 toneladas, das quais cerca de 2.800 toneladas são quota conjunta entre os Açores e Madeira. Quem defende uma verdadeira economia do mar, respeitando quem dela depende, deve igualmente ter a coragem política de defender junto das instâncias europeias, a revisão destas medidas, que se têm revelado castradoras para o sector piscatório".

Para a candidata, os governos da República e da Região não têm apresentado uma postura reivindicativa que permita alterar estes constrangimentos e garantir o aumento da quota de pesca de atum. "É importante ser atribuída uma quota específica independente só para as Regiões Ultraperiféricas, até tendo em conta o tipo de pesca praticada, uma pesca seletiva e sustentável", assume.

"A CDU tem ao longo dos anos e a vários níveis da intervenção, reivindicado a mudança de orientação política por parte dos governantes que, no Governo da República e no Governo Regional da Madeira, não defenderam os interesses específicos da nossa Região e da economia da pesca na Madeira", indicou Herlanda Amado.

A cabeça-de-lista afirma ser prioritário que os governantes "concretizem medidas urgentes para possibilitar quotas mais adequadas para a pesca do atum patudo e rabilho. Porque não existe uma verdadeira economia do mar, sem que seja dada prioridade absoluta ao sector da pesca".