A Câmara Municipal do Funchal organizou, esta segunda-feira, uma acção de sensibilização sobre parentalidade positiva em contextos de separação e divórcio, realizada na Sala da Assembleia Municipal. O evento, que decorreu no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Criança e dos 30 anos da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) do Funchal, teve como objectivo abordar estratégias para proteger o bem-estar de crianças e jovens nestas situações.

A vereadora Helena Leal, responsável pelos pelouros da Educação e Juventude na autarquia funchalense, abriu o evento destacando a relevância do tema.

Segundo a autarca, "estas situações, que decorrem muitas vezes de separações e divórcios, geram, por si só, uma situação de crise", exigindo "uma adaptação não só das famílias, mas sobretudo das crianças e jovens".

A responsável municipal sublinhou a importância da parentalidade positiva nestes contextos, referindo que "só assim será possível proteger e promover a saúde e o bem-estar das crianças, sobretudo os menores de idade".

Helena Leal enfatizou ainda que a separação conjugal não deve afectar as responsabilidades parentais: "É importante que se sublinhe que um evento desta natureza não tem que sentenciar a vida das crianças e dos jovens que estão envolvidos. Ou seja, é determinante que o casal, no seu processo de separação e divórcio, nunca se divorcie na parentalidade. Portanto, existe a separação, existe o divórcio. Se continuarem juntos na parentalidade, temos aqui salvaguardada a condição de que estas crianças e estes jovens conseguirão seguir os seus percursos sem que possam efetivamente estar sentenciados a um percurso mais negativo, ou até mais triste ou de insucesso".

A vereadora transmitiu uma mensagem de esperança, acrescentando que "as coisas também podem correr muito bem. É importante é que os casais que passam por estas situações tenham plena consciência de que a separação do casal é uma coisa, a separação na parentalidade é outra."

O evento serviu também para assinalar os 30 anos da CPCJ-Funchal, com Helena Leal a enaltecer o trabalho desenvolvido por esta entidade ao longo de três décadas na defesa dos direitos e protecção das crianças e jovens do concelho.

A sessão contou com a participação de diversos especialistas e representantes institucionais, incluindo uma magistrada do Ministério Público da Comarca da Madeira, elementos da PSP, representantes de vários departamentos do Governo Regional, juntas de freguesia, Universidade da Madeira, associações locais e outros parceiros que atuam na área da protecção de crianças e jovens e promoção da saúde e bem-estar.

A moderação e o encerramento da acção estiveram a cargo de Paulo Milheiro, da Divisão de Saúde e Bem-Estar do Departamento de Educação, Saúde, Social e Inclusão da Câmara Municipal do Funchal.