Uma universidade em Pequim, na China, está no centro de uma polémica. Tudo porque pediu a uma aluna que tirasse as calças para provar que estava menstruada.

A controvérsia espoletou após um vídeo do caso se ter tornado viral nas redes sociais. A aluna, que apresentou a menstruação como justificação para faltar às aulas, confronta a funcionária que lhe pede para se despir.

De acordo com a BBC News, nas imagens, a jovem é vista a perguntar a uma mulher mais velha se todas as raparigas menstruadas têm de tirar as calças e mostrar-lhe e a mulher responde-lhe que são essas as regras da escola.

A regra terá sido criada para impedir que as estudantes fingissem estar menstruadas para faltar às aulas. O episódio passou-se no Instituto Gengdan, em Pequim, que, em declaração aos meios de comunicação locais, afirmou que a funcionária havia apenas “seguido o protocolo”.

O momento gerou indignação nas redes sociais. A universidade alega, contudo, que houve imagens “destorcidas” a circular na internet, ameaçando processar, na Justiça, quem espalhar “vídeos falsos maldosos”.

Esta não é a primeira vez que uma universidade chinesa gera controvérsia por controlar os alunos e por em causa a privacidade destes.

A BBC News aponta que, no último ano, várias universidades chinesas foram criticadas por proibirem o uso de cortinas nos dormitórios. As escolas alegavam que aumentavam o risco de incêndio e punham em causa a segurança.

Algumas universidades estabeleceram também regras para as viagens dos alunos durante as férias, dando, por exemplo, indicações para nãoviajarem sozinhos ou de bicicleta, por questões de segurança. As indicações foram vistas como uma intromissão na vida privada dos estudantes.