Miguel Albuquerque desvalorizou a escolha de Luís Filipe Santos, até há poucos dias militante do PSD-M, como cabeça-de-lista do Chega à Câmara Municipal do Funchal. Questionado pelos jornalistas sobre o impacto desta candidatura, o líder do PSD-Madeira foi peremptório: “Não quero saber e não me faz diferença nenhuma”.

A posição de Albuquerque ficou clara logo à primeira pergunta, mas a insistência dos jornalistas levou o presidente do Governo Regional a reforçar que, em política, as avaliações pertencem ao eleitorado. “É óptimo para o PSD. Em política, quem faz o juízo é o eleitorado”, respondeu, mostrando-se totalmente indiferente à movimentação política de Luís Filipe Santos.

Sobre a constituição das listas autárquicas, Albuquerque deixou claro que, no caso do PSD, a escolha dos candidatos a cada junta e a cada câmara é uma responsabilidade dos cabeças-de-lista de cada município. “Não sou eu quem organiza as equipas”, sublinhou, explicando que o seu papel, enquanto líder do partido, não passa por decidir os nomes que integram as listas autárquicas locais. “Quando me pedem opinião, digo o que penso, mas não sou eu que organizo as equipas. Essa é uma responsabilidade que cabe aos candidatos à liderança dos municípios”, esclareceu.

A resposta surge numa altura em que o Chega tenta afirmar-se no cenário político regional, apostando em figuras conhecidas da sociedade madeirense, como é o caso de Luís Filipe Santos, que durante anos integrou o PSD-M.

Luís Filipe Santos apresentou-se como candidato do Chega poucos dias depois de formalizar a sua desvinculação do PSD. O caso ganhou ainda maior atenção mediática pelo facto de ter sido um quadro com longa ligação ao partido que agora governa a Região.

Para Albuquerque, no entanto, o episódio não merece qualquer destaque especial. “Cada partido faz as suas escolhas e, no fim, é o povo quem decide”, resumiu.