Acredito que, num país como Portugal, a maioria das pessoas que vota numa extrema-direita não é fascista. É, acima de tudo, pobre. E tem medo. Mas está a eleger fascistas, e isso é um problema grave.
A dissolução do parlamento pelo Presidente da República na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 resultou numa maioria absoluta nas eleições legislativas deste domingo, como tinha acontecido em três dissoluções anteriores.
Perante as incertezas de uma maioria de direita dependente da extrema-direita ou o risco de um Portugal empatado e exposto a crises sucessivas, na hora de votar impôs-se o desejo de estabilidade.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai ouvir entre terça e quarta-feira os oito partidos que conseguiram representação parlamentar nas legislativas de domingo, tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro.
Portugal acorda hoje sem CDS no parlamento, com um Chega confirmado como terceira força política nacional, e mais liberal, com o partido de Cotrim de Figueiredo a ocupar o quarto lugar. A maioria absoluta do PS, que ensombrou a festa dos (agora não tão) pequeninos, veio acompanhada de uma reconfigur
As projeções dos resultados eleitorais, reveladas pelas televisões às 20:00 de domingo, anteciparam a vitória do PS, com possibilidade de maioria absoluta, enquanto na última semana de campanha as sondagens indicavam um empate técnico entre PS e PSD.
O PS, que venceu as eleições legislativas de domingo, obteve mais de 50% dos votos em 32 concelhos, enquanto o PSD ultrapassou essa marca em seis concelhos, segundo o portal de dados EyeData. De acordo com o portal, com base em dados oficiais e disponível em www.eyedata.pt/eleic
PS e PSD conseguiram hoje eleger quatro deputados cada no distrito de Viseu, tal como tinha acontecido em 2019, mas os socialistas é que comemoraram a vitória num círculo eleitoral que outrora ficou conhecido como “cavaquistão”. O PS, que voltou a apostar em J