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Central Pego

Médio Tejo espera decisões rápidas na reconversão da Central do Pego

26/07/2021 às 13:02
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Depois do anúncio do concurso público para o ponto de injeção na rede, no Pego, por parte do Ministério do Ambiente e da Ação Climática, o conselho intermunicipal do Médio Tejo reuniu novamente, a 22 de julho, e voltou a fazer um ponto de situação sobre o processo da Central Termoelétrica a Carvão do Pego.

No seguimento daquilo que são as diversas posições, públicas, conhecidas, o Médio Tejo tomou uma posição baseada em cinco pontos distintos.
Em primeiro lugar a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo “congratulou-se por finalmente o governo anunciar formalmente a decisão relativamente à gestão deste importante ponto de injeção na rede nacional.”

Em comunicado enviado às redações, revela ser de todo o interesse que o “início do concurso público esteja formalmente publicado o mais tardar na primeira quinzena de setembro”, para além de considerar que “o referido procedimento concorrencial aberto assegure, de forma clara e inequívoca, a salvaguarda de todos os postos de trabalho diretos e indiretos envolvidos neste processo de transição.”

Ainda nesta reunião do Conselho Intermunicipal do Médio Tejo ficou assumido que “para que a Central se mantenha como um importante Polo de produção de energia na região do Médio Tejo, é absolutamente fundamental a manutenção num único lote, prevendo uma capacidade em torno dos 600 MW (capacidade atualmente adstrita à Central Termoelétrica a carvão).”

O Conselho Intermunicipal “solicita a tomada de todas as diligências por parte do Governo de modo a que o lançamento tardio deste procedimento concorrencial não ponha em causa o total aproveitamento do Fundo de Transição Justa na sua componente de apoio à reconversão energética e no contributo para a maior utilização de recursos endógenos renováveis gerando riqueza no nosso território.”

Em jeito de conclusão os autarcas do Médio Tejo “não deixam de manifestar todo o empenhamento para que mais rapidamente este processo possa ter a melhor solução para a região do Médio Tejo.”

Recorde-se que os dois grupos de produção de eletricidade a partir de carvão, da Tejo Energia, tem a sua concessão a terminar a 30 de novembro. Neste âmbito a Tejo Energia, detida pela Trusty Energy [56% capitais japoneses e 44% capitais franceses] e pela espanhola Endesa apresentaram ideias diferentes para o futuro. A Tejo Energia apresentou um projeto que passa pela biomassa, solar e metano, com um investimento de 900 milhões de euros, e a Endesa aponta ao solar, eólico e hidrogénio, com um investimento de 600 milhões de euros.

Pelo meio o Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou novo concurso público para o ponto de injeção na rede que a Tejo Energia diz ser sua propriedade.

A grande preocupação do Médio Tejo e do concelho de Abrantes, em particular, prende-se com o futuro da unidade e de mais de uma centena de postos de trabalho, diretos e indiretos, relacionados com a unidade empresarial.