
André Ventura teve alta hospitalar esta noite, pelas 22h40, do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, após um novo episódio de indisposição ocorrido durante uma ação de campanha em Odemira. O líder do Chega saiu pelo próprio pé, visivelmente cansado, e prestou breves declarações aos jornalistas antes de entrar numa viatura que o transportou para casa.
A saída deu-se sob vigilância policial e com a presença de seguranças da comitiva, mas num ambiente calmo e discreto. Ventura confirmou que os exames realizados afastaram qualquer problema cardíaco, indicando que terá sofrido um espasmo esofágico agudo, eventualmente associado a uma crise de ansiedade.
“Conseguimos fazer uma série de exames que tranquilizaram bastante em relação à parte cardíaca. O hospital aconselhou-me a parar um pouco e a medicar-me. Teremos de continuar a fazer outras análises, mas agora terei mesmo que descansar”, afirmou Ventura.
Questionado sobre a possibilidade de regressar à campanha, Ventura confirmou que não retomará as ações de rua e que irá focar-se na recuperação. “Por muito que queira, terei mesmo de parar. Foi um espasmo esofágico, com características agudas, e agora terei de me tratar com calma. Temos de confiar nos médicos”, declarou.
O líder do Chega esteve algumas horas em observação, tendo sido transferido desde o Hospital do Litoral Alentejano para Setúbal, onde realizou exames mais especializados, incluindo um cateterismo. Esta foi a segunda vez em menos de uma semana que André Ventura precisou de cuidados hospitalares, o que levanta questões sobre o desgaste físico provocado pela reta final da campanha eleitoral.
A direção do Chega já confirmou que Ventura não participará nas ações de campanha previstas para sexta-feira, incluindo a tradicional arruada no Chiado, em Lisboa.
“A maior preocupação neste momento é a saúde e recompor-me para as eleições”, concluiu.