O Vaticano instaurou um processo disciplinar contra o bispo português Carlos Azevedo, natural da freguesia de Milheirós de Poiares, concelho de Santa Maria da Feira, por motivos que são desconhecidos, confirmou a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) à RTP.

“A CEP teve conhecimento da existência de um processo disciplinar relativo ao bispo em questão, cuja competência jurídica é exclusiva da Santa Sé, tendo em conta que o bispo em causa integra um organismo da Cúria Romana”, declarou a CEP à estação pública portuguesa. 

O processo foi apurado antes da Páscoa deste ano, segundo a RTP, e será por essa razão que o bispo não participou nas celebrações pascais na diocese de origem, no Porto, nem nas cerimónias fúnebres do Papa Francisco, no Vaticano.

Carlos Azevedo é, desde 2022, delegado do Comité Pontifício para as Ciências Históricas. O nome do bispo esteve, entre 2010 e 2011, envolto em suspeitas de abuso sexual a padres e seminaristas.

Em 2013, o Vaticano negou ter sido instaurado um processo disciplinar devido às suspeitas de assédio. Doze anos depois, a Conferência Episcopal confirmou a existência de um processo, mas não adiantou as causas por trás do mesmo.