
O presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Luís Pita Ameixa , considera o governo incapaz de gerir a “demanda dos imigrantes” no território, em que não se anteciparam os efeitos sociais do Alqueva.
Em comunicado enviado ao Canal Alentejo, Luís Pita Ameixa afirma que, “esta situação resulta, em grande medida, da incapacidade do Estado em acompanhar e gerir a demanda de imigrantes por este território”.
Acrescenta ainda que , ” no Baixo-Alentejo, com a abrangência de uma enorme área territorial, o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) e a ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho), encontram-se, há muito, numa situação precária com um escasso número de efetivos, que torna impossível dar resposta às necessidades do território”.
Apesar da chegada ao território de milhares de trabalhadores, designadamente estrangeiros, “os serviços do Estado responsáveis têm-se mostrado incapazes de responder à situação”, reforçou.
“À falta de previsão e preparação dos efeitos sociais do empreendimento Alqueva juntou-se a
incapacidade dos serviços do Estado de se organizarem para esta nova realidade”.
Refere ainda que , o município de Ferreira do Alentejo irá “continuará a pugnar, no limite das suas capacidades, pelo acolhimento civilizado, humanista e com todos os direitos e garantias, das pessoas que demandam este território”.