Nas eleições autárquicas marcadas para 12 de outubro de 2025, seis municípios do distrito de Aveiro vão, obrigatoriamente, mudar de liderança. Os respetivos presidentes de câmara atingem o limite legal de três mandatos consecutivos e não se podem recandidatar, conforme previsto na lei.

Esta renovação abrange autarcas de vários quadrantes políticos, incluindo o PSD, o CDS-PP e um movimento independente. O cenário eleitoral em algumas destas autarquias poderá sofrer mudanças significativas, com os partidos a serem forçados a apresentar novos rostos e a disputar eleitorados que há anos permanecem estáveis.

Autarquias com presidentes em fim de mandato:

  • AveiroRibau Esteves (PSD)
    Presidente desde 2013, foi eleito inicialmente por um movimento independente e depois integrou listas do PSD. Com três mandatos concluídos, é um dos autarcas mais conhecidos do distrito.
  • EstarrejaDiamantino Sabina (PSD)
    Na liderança do município desde 2013, Sabina não poderá continuar, abrindo caminho a uma nova disputa interna no PSD.
  • MurtosaJoaquim Batista (PSD)
    Preside à câmara há três mandatos, e a sua saída forçada marca o fim de um longo ciclo de continuidade na governação local.
  • Albergaria-a-VelhaAntónio Loureiro (CDS-PP)
    Figura destacada do CDS-PP na região, Loureiro também cumprirá o limite legal de mandatos.
  • Vale de CambraJosé Pinheiro (CDS-PP)
    Completando três mandatos consecutivos, o atual presidente termina o ciclo autárquico iniciado em 2013.
  • AnadiaMaria Teresa Cardoso (Movimento Independente)
    Eleita por uma candidatura independente, a atual presidente de câmara também cumpre o terceiro mandato consecutivo, não podendo voltar a concorrer.

Contexto distrital e nacional

O distrito de Aveiro junta-se assim à lista de regiões que verão mudanças profundas na liderança autárquica em 2025. A nível nacional, são 89 os presidentes de câmara impedidos de se recandidatar, a maioria dos quais eleitos pelo PS, seguindo-se o PSD e a CDU.

Estes seis concelhos de Aveiro representam um campo aberto para novos protagonistas políticos e potenciais alterações no equilíbrio partidário da região. Nos próximos meses, partidos e movimentos independentes apresentarão os seus candidatos, sendo esperadas campanhas particularmente disputadas.