A Polícia de Segurança Pública (PSP) divulgou esta terça-feira dados sobre furtos em interior de residência, no âmbito das suas atribuições de combate à criminalidade itinerante.

Através do seu perfil no Facebook, a PSP refere que efectuou, em 2024, um total de 132 detenções e registou uma diminuição de 2,5% do número de ocorrências desta prática criminal, comparativamente ao ano de 2023.

«O crime de furto em interior de residência representa para a PSP uma prioridade para efeitos de prevenção e investigação, pelos mais diversos motivos, entre os quais o impacto que tem no sentimento de segurança dos cidadãos. Trata-se de um fenómeno que, para além de lesar o património, origina no proprietário/usufrutuário um sentimento de violação da sua privacidade.»

A PSP refere ainda o recente Serious And Organised Crime Threat Assessment (SOCTA) 2025, elaborado pela EUROPOL, onde é indicado que, num ano são cometidos mais de um milhão de crimes, sendo a grande maioria da responsabilidade de grupos organizados e itinerantes.

A principal ameaça decorre de grupos criminosos que viajam de região para região e de país para país, com o objetivo de perpetrar este tipo de crimes, visando moradias e apartamentos, geralmente mantendo os métodos de introdução nas habitações.

Neste sentido, a PSP atribui especial atenção e preocupação a furtos associados a residências, que, na maioria dos casos, são consumados através dos seguintes modus operandi:

– Furto em interior de residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas (arrombamento de portas, fechaduras e janelas, recorrendo ao uso de gazuas, ferramentas ou ácido, escalamento de andares, varandas e janelas);

– Furto em interior de residência sem arrombamento, escalamento ou chaves falsas;

– Furto em área anexa a residência.

«Tem-se verificado uma diminuição gradual ao longo dos últimos anos no que respeita ao número de ocorrências registadas de furto em interior de residência. Em 2024, foi registado um total de 7303 crimes desta tipologia, traduzindo-se no ano com o mais baixo número de registos dos últimos cinco anos.»