
O mercado de ovinos e caprinos no Alentejo registou, na semana de 19 a 25 de maio de 2025, variações significativas nas cotações, com destaque para a subida generalizada dos preços dos borregos na região do Alentejo Norte, segundo o Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA).
Segundo o documento disponibilizado, os borregos com peso entre 13 e 21 kg aumentaram 10 cêntimos por quilograma, enquanto os de 22-28 kg subiram 45 cêntimos e os de mais de 28 kg registaram um acréscimo de 34 cêntimos por quilograma. Esta valorização reflete a fraca oferta e a procura animada observada nesta área de mercado. Em Évora, verificou-se também um ligeiro ajustamento, com um aumento de um cêntimo por quilograma nos borregos de 22-28 kg, impulsionado pela forte procura para exportação.
Ao nível nacional, manteve-se a estabilidade nas cotações dos borregos de menos de 12 kg e dos que pesam entre 22-28 kg. Apenas os animais com mais de 28 kg apresentaram uma subida de seis cêntimos por quilograma face à semana anterior.
Relativamente aos caprinos, os preços dos cabritos com menos de 10 kg mantiveram-se estáveis em todas as regiões analisadas, incluindo Beira Interior, Beira Litoral e Trás-os-Montes. Contudo, na área de Viseu, registou-se uma quebra de 50 cêntimos por quilograma na cotação máxima, num contexto de fraca oferta e procura.
Em termos de abates aprovados para consumo, o Alentejo acompanhou a tendência nacional de recuo. No primeiro trimestre de 2025, os abates de ovinos registaram uma quebra de 34,4% em número de cabeças e 30,3% em toneladas, comparando com o mesmo período de 2024. Nos caprinos, a descida foi ainda mais acentuada: menos 49,3% em número de cabeças e menos 42,5% em volume.
O comércio internacional também reflete a dinâmica do setor. Entre janeiro e março, as exportações portuguesas de carne de ovino refrigerada cresceram 9,6% face ao ano anterior, atingindo um saldo positivo de 12,49 milhões de euros. Por outro lado, a importação de carne caprina fresca caiu 44,5%, revelando uma menor dependência externa neste segmento.
A evolução dos preços e do comércio reforça a importância estratégica do setor de pequenos ruminantes na região alentejana, evidenciando a influência da procura externa e das condições de mercado na valorização da produção local.