
A reunião da Câmara Municipal do Montijo, realizada recentemente, reuniu diversas intervenções dos vereadores sobre a proposta de contratação de 32 assistentes operacionais para as escolas do concelho. A presidente Maria Clara iniciou a discussão, apresentando a proposta e abrindo espaço para debate.
O vereador Joaquim Correia (PEV/CDU) expressou a sua satisfação com a proposta, congratulando-se com o facto de os profissionais serem contratados por tempo indeterminado. Correia destacou a importância da medida para estabilizar as escolas e garantir a segurança e o bem-estar dos alunos. O vereador também reforçou a necessidade de criar uma carreira para esses profissionais, de modo a tornar a função mais atrativa e evitar a falta de pessoal nas escolas.
Na sua intervenção, Correia criticou os baixos salários pagos aos assistentes operacionais e defendeu a necessidade de valorizar esses profissionais. O vereador também alertou para a descaracterização das categorias na função pública, que unificou diversas funções sob o mesmo salário, desmotivando os profissionais e prejudicando a qualidade dos serviços.
A presidente Maria Clara respondeu às preocupações de Correia, explicando que a contratação por tempo determinado era necessária devido à instabilidade da rede escolar e que a partir deste ano seria possível realizar contratações por tempo indeterminado, uma vez que o número de alunos estabilizou. A presidente também concordou com a necessidade de valorizar os assistentes operacionais, mas ressaltou que a criação de uma carreira para esses profissionais ultrapassa a competência da Câmara Municipal.
O vereador João Afonso (PSD) também se pronunciou sobre a proposta, destacando a importância da autonomia das escolas na gestão dos seus recursos humanos. Afonso criticou a falta de investimento nas escolas e defendeu a necessidade de aumentar o número de assistentes operacionais para atender às necessidades dos alunos. O vereador também cobrou da Câmara Municipal uma atitude mais proativa na resolução dos problemas da educação no concelho.
A discussão estendeu-se por toda a reunião, com os vereadores Nuno Catarino (CDU) e Ilídio Massacote também apresentando a suas opiniões sobre a proposta. Catarino alertou para a questão da descentralização de competências sem o devido envelope financeiro, dificultando a resolução dos problemas da educação nos municípios. Massacote, por sua vez, criticou a falta de investimento nas escolas e defendeu a necessidade de valorizar os profissionais da educação.
A reunião da Câmara Municipal do Montijo terminou com a aprovação unânime da proposta de contratação dos 32 assistentes operacionais. A medida representa um importante passo para garantir o bom funcionamento das escolas e melhorar a qualidade da educação oferecida aos alunos do concelho. No entanto, o debate acalorado durante a reunião evidenciou a complexidade da questão e a necessidade de buscar soluções para os diversos problemas que afetam a educação no país.