
A Linha do Vouga, mais concretamente no troço entre Sernada do Vouga e Aveiro, vai ter três novos apeadeiros e vão ser relocalizados outros três, com o objetivo de melhorar a mobilidade e o serviço prestado aos passageiros. Para breve e de acordo com o plano de intervenções da IP até 2026, está ainda prevista a construção de novos apeadeiros em Jafafe e Alagoa.
Estas mudanças nos apeadeiros na Linha do Vouga resultam de um acordo entre a Infraestruturas de Portugal, a CP – Comboios de Portugal e os Municípios de Águeda e de Aveiro, que aprovado na última reunião do Executivo aguedense, esta quinta-feira.
No concelho de Águeda, vai ser criado um novo apeadeiro no Ninho de Águia e relocalizados os apeadeiros da Aguieira e da Mourisca do Vouga; em Aveiro, serão criados novos apeadeiros em zona das escolas na Avenida da Europa e no Retail Park/AIDA e relocalizado o apeadeiro de Azurva.
Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, apontou a criação deste novo apeadeiro no Ninho de Águia, assim como os novos investimentos previstos e as relocalizações definidas como “um passo estratégico e de grande relevância para o concelho de Águeda, sendo uma oportunidade de melhorar o serviço prestado à populações que utiliza o comboio nas suas deslocações diárias e responder com eficácia às reais necessidades da nossa comunidade”.

Reforçou ainda que se tratam de zonas em franco crescimento urbano e que disponibilizar estes apeadeiros “reforça o nosso compromisso com a mobilidade sustentável, a valorização do transporte ferroviário e a melhoria da qualidade de vida das nossas populações”.
Considerando que este investimento, integrado no plano de modernização da Linha do Vouga, é “ uma oportunidade para reduzir a dependência do transporte individual”, Jorge Almeida afiança que o Município de Águeda continuará empenhado em trabalhar em parceria com a IP, a CP e o Município de Aveiro, no sentido de garantir que “este projeto avança com eficiência e benefício direto para todos os aguedenses”.
Com base no acordo de cooperação, que tem um período de vigência de 5 anos, prorrogável por mais cinco anos (em períodos de um ano e mediante acordo das partes), serão desativados e demolidos os antigos apeadeiros que irão ser substituídos (Azurva, Aguieira e Mourisca do Vouga), sendo que a IP assume a liderança técnica e operacional nas obras ferroviárias, incluindo projeto, licenciamento, execução e fiscalização.
Cabe aos Municípios a construção de acessos rodoviários, parques de estacionamento e impasses.
Refira-se que, até 2026, a IP prevê concluir um plano de intervenções que incide sobre a renovação integral da Linha do Vouga, a automatização das passagens de nível e instalação de um novo sistema de sinalização e de telecomunicações, incluindo informação ao público, garantindo a reposição das adequadas condições de circulação e uma melhoria do tempo de percurso.
A IP encontra-se também a estudar, em conjunto com a CP, as condições de eletrificação da Linha do Vouga.