O homicídio de Josué Maia, ocorrido na madrugada de domingo à porta de um bar na Rua Escura, na zona da Sé do Porto, desencadeou uma escalada de tensão no Bairro do Cerco, com confrontos entre as famílias da vítima e do alegado homicida. A Polícia Judiciária está a investigar o caso, mas até ao momento não há detenções.

O suspeito, conhecido por Daniel “Cenoura”, está em fuga e é procurado pelas autoridades por ter, alegadamente, disparado um tiro no peito de Josué. O crime terá ocorrido na sequência de uma rixa em que a vítima agrediu o tio do suspeito, por motivos ainda por apurar.

Desde então, o ambiente no Bairro do Cerco deteriorou-se, com relatos de insultos, agressões e confrontos entre os dois núcleos familiares. Apesar da escalada de violência, a polícia ainda não foi chamada a intervir nas desordens.

Ambos os envolvidos têm antecedentes criminais. Josué Maia encontrava-se a ser julgado por uma tentativa de homicídio num bar de Paredes. Já Daniel “Cenoura” tem um historial ligado a incidentes com armas de fogo. O tio da vítima, envolvido na rixa, foi detido no passado no âmbito do caso da morte de Igor Silva, em 2022, mas acabou por não ser acusado. Também o proprietário do bar onde o crime ocorreu, Vítor do Ouro, tem cadastro por tráfico de droga.

As autoridades mantêm-se atentas à evolução da situação no Bairro do Cerco, temendo uma escalada de violência entre as famílias.