Composta por um total de 37 obras, incluindo pinturas e esculturas, a exposição de António Rodrigues representa o culminar de cerca de sete meses de trabalho e vai manter a sua estadia no concelho até ao dia 31 de julho. Ao Correio de Azeméis, o artista explica que as peças de arte são abstratas, dando-lhe “liberdade” total para se expressar através das mãos e do pincel.

“Parto para a pintura sem qualquer ideia ou pensamento, sou completamente livre. Algumas das obras criam uma coreografia de composição e podemos ver que há alguma dança de elementos formais, como o caso das formas, cores e texturas. Estas pinturas não condicionam qualquer capacidade de ver: o modo de olhar é de cada um”, esclarece António Rodrigues, em entrevista.

Quanto à arte abstrata, o artista revela-se um acérrimo defensor desta corrente artística. “O que a abstração nos propõe é que sejamos capazes de produzir ideias, ter sensações e sentir as coisas sem que estejam sempre formalizadas com uma certa lógica. Na abstração propomos às pessoas [vários] percursos de olhar, mas [queremos] que sejam elas a descobri-los”, defende.

O artista já passou por Lisboa, pela Alemanha e pelo Brasil, tendo exposto o seu trabalho nestes países, referindo Maria Bethânia, Vinícius de Morais, Chico Buarque e José Mauro de Vasconcelos como algumas das suas influências e inspirações.