A circulação ferroviária entre as estações de Cais do Sodré e Algés, na Linha de Cascais, encontra-se totalmente suspensa nos dois sentidos desde as 19h35 desta quinta-feira, devido a uma avaria no pantógrafo, componente que assegura a ligação elétrica entre os comboios e a catenária.

Segundo fonte da Infraestruturas de Portugal (IP), o incidente teve origem neste equipamento essencial para o funcionamento do sistema elétrico da linha. Dois comboios foram afetados: um deles já se encontra vazio, mas o outro continua a ser evacuado pelas autoridades competentes.

Apesar da complexidade da avaria, fonte oficial da CP — Comboios de Portugal garante que as equipas técnicas foram rapidamente mobilizadas para o local visando resolver o problema e garantir o restabelecimento da circulação com segurança. No entanto, não há ainda previsão para o regresso à normalidade na operação ferroviária naquele troço.

O incidente ocorreu em plena hora de ponta e causou forte impacto nos passageiros, deixando centenas de utilizadores sem alternativa de transporte imediato entre Lisboa e a zona de Algés. A suspensão da circulação em ambos os sentidos forçou também a reorganização das operações em outras estações ao longo da Linha de Cascais, sendo visíveis perturbações no serviço.

Até ao momento, não foram reportados feridos, mas as autoridades mantêm-se no terreno a acompanhar a situação e a prestar apoio aos passageiros.

O pantógrafo, cuja falha esteve na origem da ocorrência, é uma estrutura metálica montada sobre o comboio que permite captar energia elétrica a partir dos fios suspensos da catenária. A avaria neste componente torna o comboio inoperacional, exigindo intervenção técnica especializada.

A Linha de Cascais, que serve diariamente milhares de passageiros entre o centro de Lisboa e o litoral oeste do concelho, é uma das mais movimentadas da região e tem sido alvo de críticas frequentes devido a problemas técnicos recorrentes e falta de modernização. O atual incidente volta a expor as fragilidades da infraestrutura ferroviária num eixo fundamental da mobilidade urbana da capital.