Os Bombeiros Sapadores e o pessoal operacional do Corpo de Bombeiros de Coruche, sindicalizados no Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), anunciaram uma greve que terá início às 00h00 do dia 15 de setembro de 2025, por tempo indeterminado. A paralisação abrange todo o horário de trabalho que ultrapasse as 35 horas semanais, podendo abranger também outros trabalhadores que, embora não sindicalizados, decidam aderir.

De acordo com o pré-aviso, a que o NS teve acesso, a greve surge como forma de protesto contra a “evidente diminuição e limitação de direitos” dos profissionais. Entre as principais queixas apontadas estão a ausência de um regime de horário justo e conforme à legislação, a escassez de recursos humanos que compromete o normal funcionamento do serviço e aumenta a sobrecarga dos trabalhadores, os atrasos significativos no pagamento das horas extraordinárias já prestadas, a manutenção de salários com base em tabela remuneratória anterior sem aplicação da atualização em vigor, a inexistência de pagamento dos retroativos salariais devidos e a falta de regularização dos suplementos previstos por lei.

O SNBP esclarece que a greve não afetará os chamados “serviços mínimos”, que incluem o combate a incêndios, o socorro às populações em situações de catástrofe, o apoio em acidentes, as buscas subaquáticas, o socorro a náufragos e a urgência pré-hospitalar no âmbito do sistema integrado de emergência médica. Ficam de fora destes serviços todas as formaturas, representações e tarefas não diretamente ligadas ao socorro, bem como os bombeiros que se encontrem de folga. O sindicato sublinha ainda que o número de elementos afetos aos serviços mínimos não poderá ultrapassar o número de efetivos escalados em cada turno.

O pré-aviso de greve, assinado pelo presidente do SNBP, Sérgio Rui Martins Carvalho, estipula que os trabalhadores afetos aos serviços mínimos manterão o direito a remuneração, suplementos e subsídios correspondentes.