Esta aceleração deve-se principalmente ao efeito base associado à redução de preços em maio de 2023 (-0,7%), devido à isenção de IVA em alguns bens alimentares, e ao aumento dos preços nos hotéis, conforme explicou o INE.

A taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC), arredondada a uma casa decimal, reforça os dados da estimativa rápida divulgada no final de maio. O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma subida de 2,7%, 0,7 pontos percentuais acima de abril.

No que se refere aos produtos energéticos, houve uma ligeira diminuição da variação para 7,8% face aos 7,9% do mês anterior. Em contrapartida, o índice dos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,5%, após ter registado uma variação nula no mês anterior.

Em termos mensais, o IPC apresentou uma variação de 0,2% em maio (0,5% em abril e −0,7% em maio de 2023). Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a variação foi de 0,3% (0,6% no mês anterior e −0,3% em maio de 2023).

A variação média dos últimos 12 meses manteve-se nos 2,6% registados em abril. Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa média foi de 3,3% (3,5% no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma variação homóloga de 3,8%, superior em 1,5 pontos percentuais ao mês anterior e 1,2 pontos percentuais acima da estimativa do Eurostat para a zona euro. Excluindo alimentos não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal subiu para 3,6% em maio, em comparação com 2,1% em abril, superando a taxa correspondente da zona euro, estimada em 2,9%.

Em maio, o IHPC teve uma variação mensal de 1,0% (1,1% no mês anterior e −0,4% em maio de 2023), e uma variação média dos últimos 12 meses de 3,3% (3,5% em abril).