Um estudo das universidades de Lancaster e College London, divulgado recentemente, revela que os casais com mais de 60 anos que vivem separados têm benefícios no seu bem-estar mental caso a relação termine em comparação com os quem moram juntos. Viver separado do parceiro nessa idade promove equilíbrio entre intimidade e autonomia, segundo a investigação.
Apesar de não haver evidências de que o número de casais LAT esteja a crescer entre os idosos, os investigadores apontam que essa forma de relacionamento proporciona benefícios mentais comparáveis ao casamento, mas sem os desafios da convivência diária ou das obrigações legais.
De acordo com o professor Yang Hu, um dos autores do estudo, a maioria destes casais idosos (64%) vive a menos de 30 minutos de distância um do outro, permitindo manter autonomia e evitar desgastes relacionados às tarefas domésticas e de cuidado. Além disso, os casais LAT mais velhos tendem a adotar uma dinâmica mais igualitária de género.
Embora este tipo de relacionamento seja mais comum nos jovens, entre idosos que se conhecem mais tarde na vida é considerado uma escolha de longo prazo, proporcionando um impacto menos negativo na saúde mental em casos de separação, especialmente quando comparado ao divórcio ou término de coabitação.
"Isto desafia a visão de que pessoas mais velhas preferem modelos convencionais de casamento ou coabitação", destacaram os investigadores ao The Guardian.
O estudo, publicado no Journal of Gerontology: Social Sciences, sublinha ainda que a escolha destes casais permite manter compromissos com outras relações familiares, reforçando vínculos emocionais sem comprometer a independência individual.