"As companhias petrolíferas nacionais africanas precisam de acordar, estão em coma", disse Gabriel Obiang Lima, acrescentando: "A Associação Africana de Produtores de Petróleo precisa de ter dentes, nós dependemos do petróleo".

"Outros países estão a dizer-nos que precisamos de usar o petróleo de forma mais responsável, mas quem está lá para defender o nosso nome? Temos de o fazer nós próprios. Se outras pessoas decidem que é só energia solar ou eólica, quais de nós vão sobreviver? Eu não vou sobreviver com tomates e vento, quem nos vai defender?", questionou o governante.

O discurso de Gabriel Obiang Lima foi proferido na conferência da Associação Africana de Países Produtores de Petróleo, que terminou hoje em Malabo, capital da Guiné Equatorial, e ficou marcado pela defesa de mais ação por parte das petrolíferas africanas, exigindo que sejam mais proativas relativamente à exploração, desenvolvimento e utilização dos recursos naturais.

"Precisamos de garantir que defendemos o nosso produto. O petróleo e gás têm sido muito bons para a Guiné Equatorial, temos desenvolvido o país graças ao petróleo, não foi o cacau, nem foi a ajuda internacional", salientou o ministro das Minas e Hidrocarbonetos.

"É muito importante que os países africanos que tenham recursos acordem. Nós somos o único continente que está a fazer descobertas a seguir a descobertas, mês após mês, no Senegal, Moçambique, Gabão, Nigéria, Guiné Equatorial... Os maiores recursos do mundo estão em África", concluiu o governante.

MBA // SR

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