O valor do plano foi anunciado numa cerimónia no Palácio do Planalto, sede do Governo brasileiro, em Brasília, e é um pouco superior ao montante disponibilizado na safra passada.

Do total previsto, 222,7 mil milhões de reais (51,5 mil milhões de euros) são destinados ao crédito para custos, comercialização, industrialização e investimentos, mil milhões de reais (230 milhões de euros) para o seguro rural e 1,8 mil milhões de reais (420 milhões de euros) para apoiar a comercialização dos produtos agrícolas.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, participou na cerimónia e elogiou o Plano Safra, destacando que a equipa do Governo trabalhou em conjunto e apresentou inovações, como a disponibilização de 500 milhões de reais (115,6 milhões de euros), para os pequenos produtores aplicarem na construção e reforma de suas casas.

"Foi uma construção que passou por muita gente. Eu fico muito feliz de estar à frente de um Governo onde todos se falam. Aqui não há briga política", disse Jair Bolsonaro.

A ministra Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou que toda a agricultura, independentemente do seu tamanho, "desempenha papel fundamental para garantir" a segurança alimentar e dos 160 parceiros comerciais.

Teresa Cristina adiantou que a ênfase do Plano Safra 2019/2020 é nos pequenos e médios produtores e que "o plano repercute a colheita de safra recorde de grãos em 2019, estimada pela Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] em 238,9 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 4,9% em relação ao recorde anterior ocorrido na safra 2017".

Neste ano, a libertação dos recursos do plano agrícola começa em julho, terminando em junho de 2020.

O Ministério da Agricultura informou também que será possível aos produtores renegociarem dívidas e que há cinco mil milhões de reais (1,16 mil milhões de euros) nos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social para esse fim com prazo de pagamento até 12 anos.

CYR // SR

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