Este sábado, 5 de julho, foi um dia marcado pelo 'último adeus' a Diogo Jota e André Silva: os dois futebolistas, irmãos, que perderam a vida num trágico acidente de viação na passada quinta-feira, dia 3, em Zamora, Espanha. Além da tristeza vivida no dia, a verdade é que houve um detalhe que não passou despercebido a ninguém: o facto de Cristiano Ronaldo, colega de equipa na Seleção Nacional de Diogo Jota, não ter marcado a sua presença no funeral.

No mesmo dia, começaram a 'chover' críticas a esta decisão do internacional português. Por exemplo, António Ribeiro Cristóvão, comentador da SIC, deixou a quase certeza de que "todos os portugueses vão ficar com esta má imagem de Cristiano Ronaldo". Mais recentemente, nas redes sociais, outro rosto bem conhecido português fez questão de não se mostrar indiferente a esta 'falha' de CR7. No caso, a influenciadora digital Ana Garcia Martins.

Na sua conta de Instagram, a comunicadora partilhou uma fotografia a 'preto e branco' dos dois jogadores juntos. A acompanhá-la, não se poupou nas críticas, embora primeiramente tivesse tecido vários elogios ao capitão da seleção nacional. "Há dias comentava com alguém o quão afortunados somos nós, os contemporâneos do Cristiano, por podermos ter vivido na mesma época", começou por escrever.

"Para os meus filhos, o Cristiano será uma lenda de quem terão uma memória mais ou menos vaga, mas a carreira dele acompanhou toda a minha vida adulta, e que privilégio que tem sido. É um exemplo de tudo - foco, talento, resiliência, ambição, esforço - e sei, com pena ou talvez não, que não viverei tempo suficiente para assistir ao aparecimento de outro jogador com a mesma dimensão", continuou.

No entanto, as palavras mais duras acabariam por chegar. Segundo Ana Garcia Martins, "a vida não são só golos, títulos, recordes pessoais, superação", e, pelo contrário, às vezes pode ser uma "filha da p*tice gigantesta que faz com que um colega de equipa, um amigo, desapareça tragicamente com o irmão ao lado. E aí, meus amigos, não há volta a dar: é preciso chegar-se à frente e estar", explicou o seu ponto de vista.

Ana Garcia Martins esclareceu ainda que não questiona sequer que CR7 "não esteja a sofrer com esta perda", no entanto, a influencer não consegue perceber o porquê de não ter marcado presença no funeral de Diogo Jota e do seu irmão. "Faz parte das obrigações institucionais? Não, provavelmente. Mas tem de fazer parte das obrigações morais. Porque senão, o que é que sobra?", questionou.

"Há 20 anos que o Cristiano sabe o que é o assédio da imprensa, dos fãs, não é uma novidade. E sabe também como proteger-se disso, tem meios mais do que suficientes e sabe que, em querendo, seriam criadas todas as condições para poder estar em segurança e com a máxima dignidade", apontou ainda Ana Garcia Martins, chegando ao 'ponto alto' da sua intervenção logo depois.

"A sua presença neste funeral não ofuscaria ninguém porque, feliz ou infelizmente, nem o Ronaldo consegue ofuscar a imagem dilacerante de dois caixões e de uma família desfeita. Não há imagem mais poderosa do que essa. E, por isso, era só estar. Descer um bocadinho do Olimpo onde foi colocado — com todo o mérito — e homenagear um amigo. Não devolvia a vida a ninguém mas, de alguma forma, confortava um país inteiro. O Ronaldo é quase um deus. Mas falta o quase", lê-se por fim.

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